terça-feira, 13 de agosto de 2024

Na Coreia do Sul, batismos católicos aumentam 24%

Em Seul, batismo de 60 fugitivos da Coreia do Norte
Em Seul, batismo de 60 fugitivos da Coreia do Norte
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
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Na Coreia do Sul os batismos aumentaram 24% no ano de 2023 dando prosseguimento a percentagens análogas registradas nos anos anteriores, ecoou “Il Timone”.

Segundo dados do relatório “Estatísticas da Igreja Católica na Coreia 2023” da Conferência Episcopal Coreana, nesse ano foram batizadas no país 51.307 pessoas, superando as 41.384 de 2022.

Os 51.307 batizados em 2023 incluem 12.832 crianças, 34.511 adultos e 3.964 pessoas em perigo de morte. Em 2022 foram: 11.853 batismos infantis, 26.031 batismos de adultos e 3.500 batismos de pessoas em perigo de morte.

O relatório também registra que o número total de católicos na Coreia do Sul aumentou 0,3% em relação a 2022 atingindo um total de cerca de 5.970.675 fiéis.

O crescimento da Igreja Católica no país nos últimos 30 anos é tido como “explosivo” porque em 1995 havia 2.885.000 católicos, e em 2005 subiram para 5.015.000.

Crescimento dos católicos nas últimas décadas é considerado 'explosivo'
Crescimento dos católicos nas últimas décadas é considerado 'explosivo'
Se olharmos, porém, para os últimos 50 anos, o número de católicos na Coreia do Sul aumentou quase 1.200%.

Figuras muito populares, como o cantor Rain, se converteram ao catolicismo, contribuindo para aumentar o prestígio da Igreja na Coreia. Outros católicos famosos incluem o cantor e ator Taemin, a patinadora Yuna Kim e o cantor e compositor Bada.

Os católicos representam atualmente 11,3% da população total do país de 52,7 milhões, um total que se manteve estável nos últimos anos.

No que diz respeito à participação média na missa dominical, o relatório da Conferência Episcopal da Coreia do Sul registrou um aumento de 1,7% em 2023, atingindo 805.361 presenças.

Isso significa que 13,5% dos católicos frequentam regularmente a igreja, uma proporção que deixa muito a desejar e que acompanha a catastrófica crise mundial do catolicismo no período pós conciliar.

Mas ainda é menos pior que no Brasil que com apenas 8% toca o fundo da lista de assistência à Missa elaborada pelo Centro de Pesquisa Aplicada no Apostolado da Universidade de Georgetown (CARA), EUA.

Católicos em missa na Coreia do Sul.
Católicos em missa na Coreia do Sul.
Segundo o (CARA), em termos de participação na Santa Missa, a Coreia do Sul fica perto do baixíssimo 11% de participação na Letônia e 14% no Canadá.

A “fumaça de Satanás” que está sendo soprada sempre mais na Igreja Católica, infelizmente até desde as mais altas esferas eclesiásticas, mas está sendo contraditada pela ação do Espírito Santo.

Não é difícil perceber que Satanás voltará a ser derrotado ainda que possamos passar por momentos críticos de magnitude universal.

As conversões na Coreia do Sul e em outros países dá-nos uma injeção de esperança, mostrando-nos que a graça divina, pela Mediação Universal de Nossa Senhora se está fazendo sentir com extraordinária força de atração superando todas as insídias infernais.


terça-feira, 30 de julho de 2024

Poderosos efeitos benéficos da leitura nas crianças

Estudos mostraram que as crianças que leem são melhor sucedidas, segundo a Oxford Review of Education
Estudos mostraram que as crianças que leem são melhor sucedidas,
diz a Oxford Review of Education
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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O acadêmico espanhol Miguel Salas alertou contra a procura de um lazer muito fácil que rende muito pouco como é ficar parasitado ante a TV ou o celular prejudicando o futuro intelectual das crianças e jovens, reportou “La Nación”.

Ele apresentou bons conselhos para que as crianças deixem de lado os prazeres efêmeros da tecnologia e adotem o benéfico hábito da leitura.

Ele destacou que a leitura exige concentração, profundidade e silêncio enquanto que o ritmo de vida “em que vivemos incentiva o contrário”.

Quase 80% das crianças que tem o bom hábito da leitura foram incentivadas por seus familiares. “Sobretudo na infância os livros são uma oportunidade de se abrir ao mundo, de viverem outras vidas, de viajar para lugares que não se sabe achar no mapa quando se é muito pequeno”, afirmou.

“Aprender a ler é acender uma fogueira, cada sílaba que se escreve é uma faísca”, dizia Victor Hugo e não se enganou.

Para o acadêmico, as crianças que se habituaram a ler desde pequenas colhem benefícios ao longo de toda a vida: superioridade na carreira, melhorias sociais e individuais, muito importante desenvolvimento das habilidades de comunicação porque a criança que lê se expressa e compreende melhor.

O aumento do vocabulário é óbvio. “Aos 20 meses de idade, uma criança educada num ambiente cultural alto reconhece cerca de 200 palavras. E aquela com baixo nível sociocultural discerne 20. A diferença é abismal porque um mundo de 20 palavras não é igual a um de 200”, explica.

Na leitura, as crianças se preparam para serem bem sucedidas na vida
Na leitura, as crianças se preparam para serem bem sucedidas na vida

A leitura é fundamental no desenvolvimento da imaginação e centenas de estudos comprovam que a leitura está diretamente relacionada ao bom desempenho das crianças na escola.

A leitura também incentiva a empatia bem direcionada.

Ela faz o leitor esquecer suas preocupações e se concentrar tão perfeitamente que é quase como se estivesse meditando.

Salas sugere fazer com a leitura o mesmo que faz a família estabelecendo horários para refeições, estudo ou trabalho, “só meia hora por dia, não é preciso mais”, aconselha.


O acadêmico Miguel Salas explica em entrevista de TV (em espanhol) 




terça-feira, 16 de julho de 2024

Redescoberta a arte da conversa que ficou muito necessária

A conversa é indispensável para a família ir bem
A conversa é indispensável para a família ir bem
Luis Dufaur
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As distrações da tecnologia digital pareciam que levariam ao esquecimento da arte da conversação, observou a revista econômica “The Economist”.

A revista evocou a George Orwell que na sua famosa novela de um mundo de pesadelo escreveu que o rádio está sempre ligado e “a música impede que a conversa se torne séria ou mesmo coerente”. 

“The Economist" é uma revista laica e liberal focada com grande sucesso e respeitabilidade na atividade econômica. Dir-se-ia que não esse não é um tema de seu interesse nem dos seus leitores, na maioria empresários e homens de negócio.

Porém, a revista percebeu uma forte queda na habilidade de conduzir negociações nas novas gerações formadas num ambiente digital de mensagens instantâneas breves e simplificadas, mal redigidas a ponto de gerar confusão.

Lembrou o livro de 2006 do ensaísta americano Stephen Miller, intitulado “Conversa: História de uma arte em declínio”, em que o autor se preocupava porque os equipamentos de música digital e os computadores estão levando as pessoas a evitar as conversas reais com as pessoas.

Saber conversar é indispensável para o bom andamento dos negócios
Saber conversar é indispensável para o bom andamento dos negócios
Um crítico do livro de Miller considerou “surpreendente” que as gerações passadas gostassem de uma noite de conversa como uma forma de prazer social quando o americano moderno prefere passar a noite navegando na Internet.

Livrarias de Nova York como Barnes & Noble ou Borders oferecem prateleiras de manuais sobre como falar melhor. A maioria deles visa pessoas que desejam falar de forma mais persuasiva e envolvente para progredir em suas carreiras.

E para isso fazer amigos e influenciar pessoas, é preciso charme, cortesia e desejo de compreender as ideias e opiniões dos outros, ainda que só seja com interesse lucrativo.

Sir Isaiah Berlin, um filósofo letão de Oxford que morreu em 1997, foi tido como dos maiores conversadores que já existiram, comparável, Robert Darnton, historiador de Princeton, a Denis Diderot, o filósofo iluminista francês do século XVIII.

Um relato de época descreveu a conversa de Diderot como “animada por uma sinceridade absoluta, sutil sem obscuridade, variada em suas formas, deslumbrante em seus voos de imaginação, fértil em ideias e em sua capacidade de inspirar ideias nos outros.

“Deixávamos-nos flutuar durante horas seguidas, como se deslizássemos por um rio fresco e límpido, cujas margens eram adornadas com ricas propriedades e belas casas”.

A arte da conversa adquiriu um charme único na França antiga.
A arte da conversa adquiriu um charme único na França antiga.
Winston Churchill foi tido como talvez o maior orador do século XX. Virginia Woolf segundo um biógrafo, tinha “desempenhos maravilhosos em conversas, transformando-se em invenções fantásticas enquanto todos se sentavam e, por assim dizer, aplaudiam”.

O grande orador romano Cícero, do século I a.C., também é muito procurado.

Ele explicou a necessidade de “falar claramente; fale com facilidade, mas não muito, especialmente quando os outros querem a sua vez; não interrompa; seja gentil; lidar com seriedade com assuntos sérios e graciosamente com os mais leves; nunca critique as pessoas pelas costas; atenha-se a assuntos de interesse geral; não fale sobre você; e, acima de tudo, nunca perca a paciência”.

Dale Carnegie, que construiu seu credo em torno do ditado “time is Money” foi professor de oratória e em 1936 alertou para o fato de que os americanos precisavam de uma educação mais ampla na “bela arte de conviver”.

Seu livro “Como fazer amigos e influenciar pessoas” é impresso 70 anos depois e já vendeu 15 milhões de cópias.

As regras de conversação de Cícero estão na base das culturas e das épocas que sobressaíram na história.

A boa conversa e a boa educação têm características comuns ao longo do tempo e da cultura, e de fato os manuais mais recentes têm poucos princípios fundamentais a acrescentar.

Os manuais mais modernos à venda em New York acrescentam apenas conselhos mais concretos. Aliás, acrescentamos nós, intuitivos para os nobres mestres da conversa.

Por exemplo, cita “The Economist” cita as maneiras rápidas da Sra. Shepherd para saber se a gente está entediando seus ouvintes.

Sem boa conversa o encontro é tedioso e estéril.
Sem boa conversa o encontro é tedioso e estéril.
Por exemplo: “Nunca fale ininterruptamente por mais de quatro minutos de cada vez” e “Se você é a única pessoa que ainda tem um prato cheio de comida, pare de falar”.

Entretanto as dicas práticas não captam nada da alegria que advém do domínio da conversação. E essa alegria é a que mais atrai aos convivas. E a grande ausenta das comunicações digitais.

Madame de Staël, grande conversadora e intelectual do Antigo Regime francês, chamava a conversa de “um meio de dar prazer recíproca e rapidamente uns aos outros; de falar tão rápido quanto se pensa; de desfrutar espontaneamente; de ser aplaudido sem trabalhar”.

Platão elogiava Sócrates porque seus diálogos constituem “uma busca entre amigos... das ideias divinas do verdadeiro, do belo, do bom”, escreveu estudioso francês moderno, Marc Fumaroli.

A era de ouro da conversação foi elevada ao máximo grau do charme e do deleite pelas elites francesas no final do século XVII e início do século XVIII. Assim conquistaram o mundo que não entendia o que era ser culto sem seguir seu exemplo.

A aristocracia francesa voltou as suas energias para o entretenimento. Um homem que não dominasse a arte da conversa corria o risco de se ver desvalorizado, ainda que tivesse muitas outras qualidades.

A conversa dos salões e salas de jantar franceses tornou-se tão estilizada quanto um balé. Era básico cultivar a polidez (boas maneiras sinceras), esprit (inteligência), galanterie (galanteria), complacência (observação), prazer (alegria) e lisonja.

Até os silêncios deviam ser julgados com precisão. O duque de La Rochefoucauld distinguiu entre um silêncio “eloquente”, um silêncio “zombeteiro” e um silêncio “respeitoso”. O domínio de tais “ares e tons”, disse ele, foi “concedido a poucos”.

No Ancien Régime, o salão francês excluía a política das conversas educadas, mas nos cafés britânicos, aliás obviamente protestantes e pragmáticos, a política era a principal preocupação.

Os estrangeiros notavam neles uma liberdade de expressão e uma mistura de classes e profissões despreocupada com as formas e os floreios intelectuais.

A decadência atual vem de pelo menos há dois séculos.

A arte da conversa criou um ambiente propicio para o bom relacionamento em tudo
A arte da conversa criou um ambiente propicio para o bom relacionamento em tudo
O nobre Frances Alexis de Tocqueville entusiasmado pelos modos mais igualitários introduzidos no nascente EUA, no seu livro “Democracia na América”, observa que “um francês deve estar sempre falando, quer saiba alguma coisa sobre o assunto ou não; um inglês fica satisfeito quando não tem nada a dizer” e deplora a “estranha insociabilidade e a disposição reservada e taciturna dos ingleses”.

O escritor Charles Dickens, visitando a América do Norte no século XIX atribuía a culpa do espírito taciturno americano ao “amor ao comércio”, que limitava os interesses dos homens e lhes dava o temor de dizer coisas que beneficiassem a um concorrente.

“The Economist” ilustra a matéria que o preocupa com cenas brilhantes e distendidas da Belle Époque que hoje parecem pertencer a um mundo de sonho.

Entretanto, não só ilustram esplendidos e gaudiosos encontros sociais e familiares ou profundos debates intelectuais, mas também propiciam os grandes negócios.



terça-feira, 2 de julho de 2024

Milhares de pagãos e ateus batizados na França

A ação da graça, e não o progressismo, movem aos recém batizados
A ação da graça, e não o progressismo, movem aos recém batizados
Luis Dufaur
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Na última Páscoa, mais de 7.000 adultos foram batizados na França. Nos últimos anos são cada vez mais numerosos os que assim entram na Igreja Católica, paradoxalmente enquanto Ela está em crise, mostrou o jornal “La Croix” em extensa reportagem.

Há uma contradição entre a marcha de muitos para a Igreja enquanto os agentes de sua demolição tudo fazem para afastá-los.

Na reportagem do “La Croix” se patenteia uma ação extraordinária da graça divina que passa por cima das insídias do “progressismo católico”.

O jornal descreve casos de conversao que culminaram no batismo por demais eloquentes da ação do Espírito Santo desconhecendo os erros e escândalos que o “progressismo católico” está multiplicando sem cessar e desde as mais altas posições da Igreja.

Um exemplo é o de Théo, de 10 anos. Um dia parou sua bicicleta ante a igrejinha de Nossa Senhora de La Salette, em Loire-Authion e seu pai Valentin lhe disse: “Theo, e se nós dois nos batizássemos?”. Um grande sorriso foi a resposta. E sem entender muito ainda, voltaram completamente empolgados com a ideia.

O pai Valentin era ateu, mas sentia sempre “uma presença” sobretudo quando ficava sozinho no apartamento em Meudon. Nesses momentos lembrava de igrejas de pedras maciças, seu silêncio, tinha a impressão de que eram “habitadas”. E assim começava a amá-las.

Quando seu pai morreu de câncer, foi à missa por formalidade mas as músicas lhe foram como um bálsamo.

Anos depois, já casado, o mais velho de seus três filhos com seis anos de nome Theo, começou a lhe fazer perguntas sobre “Jesus”. “Milhares de perguntas!” lembra Valentin que é técnico de vídeo.

Como não sabia o que responder, balbuciava meio perdido coisas do Antigo Testamento, Adão e Eva, Jesus... e foi ali que descobriu textos a pareciam escolhidos para ele.

O aumento de pedidos de batismo de adultos é um 'boom' na França
O aumento de pedidos de batismo de adultos é um 'boom' na França
A família não era praticante, mas sim muçulmana por um lado e católica relaxada por outro.

Certas parábolas o intrigavam, falavam para ele frases como “a primeira pedra”, “o homem de pouca fé”, “transformando água em vinho”… As lia para Theo e ambos falavam sobre elas. Até aquele dia de verão ante a igrejinha perto do Loire que lhes veio a ideia de batismo.

Valentin e Théo sentaram-se nos bancos da capela de Saint-Remi, durante um ano, quase todos os domingos, reservados e atenciosos. As pessoas falaram com ele de “catecúmeno”, palavra que nunca ouvira.

Valentin começou a desatar seus nós confiando na Virgem. Foram batizados na última Páscoa.

Quando tinha quatro anos, Silvia acordou após sonhar que foi tocada pelo dedo de Deus na parte superior do tronco, onde, quando bebê, ela havia sido tratada de um angioma.

Um dia Silvia convidou seu pai médico para ir à missa. Ele estava bem longe de ser católico, antes bem era laicista, esquerdista, e até anticlerical.

Quando Silvia atingiu quarenta anos o sonho continuava vivo e fez psicanálise para interpretá-lo. Mas não adiantou de nada. Então uma coisa lhe ficou clara: Deus existe! Então uma como que “revelação caiu sobre ela”.

No começo achava estar delirando. Porém, mais tarde quando Silvia ouviu na missa “O Verbo que se fez carne”, “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, ficou com raiva de seus pais por não lhe terem dado uma educação religiosa.

Ela decidiu fazer um retiro para decidir se se batizava. Na Internet encontrou a abadia Notre-Dame d’Argentan. Lugar de silêncio, obediência e oração, onde se enclausuram as irmãs beneditinas.

Em quatro dias de retiro, os cultos se sucediam em latim e Silvia “não entendia nada”, mas acompanhava o movimento, observava, imitava sentindo uma “imensa gratidão” pelo que lhe estava acontecendo.

Silvia sentiu a necessidade de ficar sozinha “para entrar numa conversa franca com Deus”. Nada da confusão das celebrações litúrgicas modernas. E lamentou não ter sabido antes do mosteiro, ela teria sido freira!

Batismo em Cherbourg a procura do catolicismo contradiz a crise que grasa na Igreja
Batismo em Cherbourg: a procura do catolicismo contradiz a crise que grassa na Igreja
Paulina
foi outro caso, narrado por “La Croix”. Ela cresceu cercada de religião, mas ela não ligava. Na escola todos eram muçulmanos, inclusive suas quatro amigas mais proximas.

Nas férias ia com a avó à missa todos os dias mas só para agradá-la, nem seu pai nem sua mãe praticavam.

As melhores amigas de Pauline eram muçulmanas e sentiu-se disposta a adotar o Islã. Procurou argumentos na Internet e achou de tudo inclusive um cristão desafiado por um muçulmano que o chamava de “perdido”.

Pauline se decidiu a travar batalha para defender seu “irmão cristão”. E entendeu que o Islã não fornecia certeza alguma. Até que encontrou na carta de São Paulo aos Gálatas: “Se um anjo do céu vos pregar um Evangelho diferente daquele que vos pregamos, seja anátema”.

A frase é muito anti-ecumênica e seu coração bateu fortemente: “como pode haver muçulmanos depois deste versículo?”, pensou.. “Mas está claro!”

E ela começou a rezar. E, diz, “eu me senti bem, muito bem”. A avó de Pauline veio especialmente da Martinica para assistir ao batismo em Mantes-la-Jolie.

Adrien fazia o ensino médio em Doubs e tinha a sensação de que “algo estava errado” no rumo que tomou o mundo.

Na sociedade ou nos homens tudo lhe soava falso, mal enjambrado, insatisfatório. Procurava por todo lugar traços de beleza e não achava. Só encontrava “a baixeza dos políticos”, as guerras e as opressões...

Começou a ler muito: poesia de Victor Hugo, pensadores como Rousseau, Kierkegaard, Marx, Proudhon, Bakunin…

Vasculhava os escritos de Santo Agostinho, São João Crisóstomo, São Tomás de Aquino e seus preconceitos caiam um por um. Só o catolicismo se mostrava perfeitamente coerente.

O número de pedidos surpreende aos sacerdotes
O número de pedidos surpreende aos sacerdotes
E concluiu: “todas as outras doutrinas têm falhas, o protestantismo não se sustenta, o Islã também não… No cristianismo tudo se mantém unido, é magnífico. Quem procura certezas e fundamentos sólidos não vê nenhuma rachadura no edifício da Igreja”.

Ele passou a amar o radicalismo católico. Adrien admirava os heróis, os “mistérios” da Igreja que o homem nunca compreenderá plenamente. Tudo o que o modernismo diz que não atrai os jovens.

Adrien finalmente bateu à porta da igreja. Quando o sacristão lhe perguntou o que o levou até ali, respondeu: “Fora da Igreja não há salvação. Aqui estou”. O sacristão arregalou os olhos: era tudo o que a igreja conciliar ensinava a ocultar para atrair os jovens!

Adrien deixou de estar esmagado pelas desgraças do mundo. A ideia da vitória divina o tranquilizava: “O Senhor retornará no fim dos tempos. Ele triunfará”. E com essa certeza se aproximou à pia batismal.

Manoë Leroy quando tinha quase 18 anos se sentia no fundo do buraco. É filha de uma situação hoje bastante frequente: uma infância destroçada, um pai ausente, um irmão viciado em drogas, uma mãe sobrecarregada, etc...

Ela lutava contra uma terrível sensação de vazio e desconforto. Mas “assim que li a vida de Jesus, algo aconteceu dentro de mim”. Ela levou uma Bíblia comprada em qualquer parte e começou a rezar longe dos bancos da igreja.

Poucos dias antes do batismo, Manoë custava se concentrar nas aulas, tinha a sensação de que algo estava preenchendo seu vazio, de estar menos dominada pela dúvida. A certeza estava nas águas batismais abençoadas por Deus.


terça-feira, 25 de junho de 2024

Nossa Senhora de Lourdes vandalizada suscita desagravo

Imagem de Nossa Senhora de Lourdes é quebrada por vândalos em Ituporanga.
Luis Dufaur
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A imagem de Nossa Senhora de Lourdes que fica dentro de uma gruta no Centro de Ituporanga, SC, foi quebrada por vândalos aproveitando a falta de luz da madrugada.

A polícia coletou imagens das câmeras de segurança do salão paroquial próximo para tentar identificar os criminosos. O canteiro da paróquia Santo Estevão, que fica em frente à gruta, também foi vandalizado, segundo divulgou “Jornal Alfredo Wagner Online”.

A imagem de cerca de 1,6 metros de altura ficava no ponto mais elevado da gruta e tinha a proteção de uma grade, além do portão de entrada do local que estava fechado. Mas isso não inibiu a ação.

O responsável pela limpeza a encontrou em pedaços, como mostram as imagens. A paróquia lamentou o que chamou de “ato de intolerância religiosa e vandalismo”.

Conforme uma publicação paroquial nas redes sociais, essa não é a primeira vez que a gruta sofre ataque. A segurança no local será reforçada e a imagem, restaurada por voluntários.

“Expressamos nossos mais sinceros apelos a Deus para que toque o coração do homem contemporâneo, afastando a maldade e promovendo a prática do bem e do amor ao próximo”, diz um trecho do comunicado da Paróquia Santo Estevão convocando os católicos para um ato religioso de desagravo.

A Prefeitura Municipal de Ituporanga divulgou nota na qual “emite Nota de Repúdio sobre a invasão e aos atos de vandalismo à Gruta Nossa Senhora de Lourdes, repudia e lamenta profundamente os danos materiais, históricos e da fé religiosa, causados pela depredação”.


terça-feira, 18 de junho de 2024

Escolas públicas francesas adotam o uniforme para alunos

87 escolas já adotaram o uniforme. Em Béziers o usam 700 alunos.
87 escolas já adotaram o uniforme. Em Béziers o usam 700 alunos.
Luis Dufaur
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A França dispôs o uso de uniformes pelos alunos de escolas públicas não sem polêmica.

O Ministério da Educação iniciou uma experiência em grande escala nas escolas e institutos públicos antes generalizar o costume a nível nacional, segundo explicou “La Nación”.

O governo considera que o uso de uniforme escolar reforçará a autoridade na escola. O presidente Emmanuel Macron afirmou que, se funcionar, pretende generalizá-lo em 2026.

Quatro escolas da cidade de Béziers, no sul do país, foram as primeiras a implantar o uso.

A pressão das modas criava problemas no relacionamento dos alunos, dependendo da riqueza da família e entre os jovens e seus pais que não podem pagar as últimos modas.

Jeans rustidos ou rasgados (mas caros) e vestimentas vulgares afins com o rock favoreciam um clima de relaxamento e indisciplina prejudicial aos estudos e à ordem no recinto escolar.

Em Béziers mais de 700 alunos de escolas públicas adquiriram seus novos “kits de roupas” cujo preço de 200 euros é financiado pelo Estado. Ele consiste num blazer escuro com logo escolar personalizado, um suéter, duas camisetas brancas, calças compridas e curtas, e uma saia para as meninas.

As famílias de Béziers pediam a introdução do uniforme escolar desde 2014.

“A escola precisa de símbolos fortes e o uniforme faz parte deles”, declarou o presidente da Câmara, Robert Ménard, que ecoa o sentimento conservador.

“O uso do uniforme na escola é uma pedra no retorno aos valores, à ordem e ao respeito nas escolas”, afirmou Arnaud Robinet, prefeito de Reims, cidade no norte do país, que promove esta elevação de nível nas escolas públicas de sua cidade.


terça-feira, 11 de junho de 2024

No Carnaval honraram o Santíssimo com dança sagrada medieval

Luis Dufaur
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No último Tríduo de Carnaval, como nas novenas de Corpus Christi e da Imaculada Conceição, o grupo de crianças de entre 9 e 12 anos chamados os “Seises” (porque eram 6, mas hoje são 10), fizeram a dança sagrada tradicional em honra do Santíssimo Sacramento na catedral de Sevilha.

A homenagem foi feita ante o arcebispo e numeroso clero e público.

O inocente e digníssimo baile com roupas do século XVI e cânticos eucarísticos remonta à reconquista da cidade invadida pelos muçulmanos.

É imitada em outras catedrais da Espanha e da América Central.

Um contraste radical com os escândalos do Carnaval sempre mais imorais que atraem a cólera de Deus.






terça-feira, 4 de junho de 2024

João Pessoa: imagem de Nossa Senhora de Fátima intacta no furacão

Imagem de Nossa Senhora fica intacta apesar de destruição
Imagem de Nossa Senhora fica intacta apesar de destruição
Luis Dufaur
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Uma forte tempestade atingiu João Pessoa em fevereiro provocando grandes estragos no bairro do Bessa.

Em diversos pontos, árvores caíram, telhados voaram, casas ficaram sem energia, equipamentos públicos foram afetados e até um canteiro de obra foi destruído, informou “MaisPB”.

Porém, a atenção dos transeuntes no Parque Parahyba ficou muito atraída por uma imagem de Nossa Senhora de Fátima que ficou intacta, apesar de um pedaço de concreto que voou e impactou a pilastra que sustenta a piedosa imagem.

ClickPB” destacou que a imagem de Nossa Senhora ficou intacta em meio aos escombros, envolta na redoma de vidro que, teoricamente, deveria ter sido bem mais fácil de derrubar pela tempestade do que o material que cercava a obra.

E não só a imagem não sofreu dano algum, mas as flores ofertadas à Mãe de Deus continuaram no local onde foram depositadas ao pé do oratório da Ssma. Virgem.

Em Fátima, Nossa Senhora alertou a humanidade para reformar os maus costumes sob pena de catastróficas punições coletivas. 

Em João Pessoa avisou que eles estão vindo, mas que aos pés dEla até as simples flores encontrarão proteção.






terça-feira, 21 de maio de 2024

Mosteiro cisterciense do século XII renasce na Califórnia

Abadia de New Clairvaux, Califórnia
Abadia de New Clairvaux, Califórnia
Luis Dufaur
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No norte da Califórnia renasceu um mosteiro medieval cisterciense.

O fato cai como um raio em céu sereno, pois nunca se diria que o progressista estado californiano acolheria um dos símbolos mais opostos à modernidade.

Além do mais, trata-se de um autêntico mosteiro medieval espanhol do século XII.

Como?

O magnata William Randolph Hearst havia comprado e levado para a Califórnia no início do século XX as ruínas do mosteiro de Santa Maria de Óvila, da Espanha, desmontou-o, mas não conseguiu restaurá-lo.





A cidade de San Francisco se opôs e as pedras ficaram por décadas no Golden Gate Park.

Veio depois a Grande Depressão, a Segunda Guerra Mundial e pareceu que o projeto estava totalmente morto, segundo o “The New York Times”.

Sinal dos tempos, monges cistercienses apelaram à população, reuniram fundos e realizaram no século XXI o que foi impossível no século XX: a reconstrução do prédio gótico de Santa Maria de Óvila, do século XII!

Abadia de New Clairvaux, Califórnia
Abadia de New Clairvaux, Califórnia
“O que parecia morto, ou quase morto, ergue-se de novo”, disse sobre a restauração o padre Paul Mark Schwan, abade do mosteiro restaurado com o nome de New Clairvaux.

Após a conclusão de grande parte das obras, a abadia foi aberta à visitação pública em 2012.

Dois terços das pedras são originais, mas foram necessários reforços modernos para resistir aos terremotos.

Rodeada de vinhedos, a abadia fica num campo distante duas horas do norte de Sacramento.

O mosteiro de Santa Maria de Óvila, na província de Guadalajara, foi fundado em 1167 pelo rei Afonso VIII de Castela em terras recuperadas dos mouros.

A abadia entrou em decadência e foi fechada por um governo anticlerical em 1835.

O magnata Hearst ouviu falar das ruínas e, segundo a revista “American Heritage”, contratou agricultores e trabalhadores espanhóis dos vilarejos próximos para desmontar e transportar as peças mais importantes.

Foi necessário construir trilhos de trem, estradas e uma ponte para mover as imensas pedras que foram carregadas por 11 barcos até San Francisco.

Porém, Hearst passou a enfrentar dificuldades econômicas e abandonou o projeto, doando as pedras do mosteiro à cidade de San Francisco.

Mas os planos da prefeitura dessa cidade não deram em nada; os caixotes que continham as pedras pegaram fogo algumas vezes e as relíquias ficaram ao relento.

A prefeitura nunca levantou o dinheiro necessário para concluir o projeto.

Abadia de New Clairvaux, Califórnia
Abadia de New Clairvaux, Califórnia
Em 1994, alguns monges cistercienses convenceram a prefeitura a doar-lhes as pedras, sob a condição de iniciarem a restauração dentro de uma década.

Tendo os monges arrecadado US$ 7 milhões, os trabalhos tiveram início em 2004.

Para reatar com um costume medieval, os religiosos também passaram a produzir cerveja premium estilo trapista, chamada Óvila.

Na Europa as cervejas produzidas pelas abadias estão entre as melhores.

As obras ainda não foram completadas, mas a arte principal da abadia já pode ser usada como na Idade Média.

Vendo a decadência do século XIX, quem teria dito que o sacral e austero mosteiro dos cistercienses renasceria para a vida no século XXI? E logo na Califórnia!?

Isto é matéria para sérias reflexões para interpretar bem o presente e o futuro mais ou menos próximo.


terça-feira, 7 de maio de 2024

Favelados: mais felizes que os ricos famosos

Renato Meirelles: “94% dos moradores de favela são felizes”
Renato Meirelles: “94% dos moradores de favela são felizes”
Luis Dufaur
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Onde está a felicidade?

Se ouvirmos a Vulgata da Teologia da Libertação ou O Capital de Karl Marx, a felicidade está entre os ricos que têm tudo o que querem, até com dano aos mais pobres.

Mas se tomarmos distância dos mitos dos laboratórios sociológicos do marxismo e das sacristias aggiornatti e ouvirmos a realidade, a resposta é bem outra.

“94% dos moradores de favela são felizes”, por exemplo, é o que, em entrevista concedida ao portal IG, revela Renato Meirelles, autor do livro Um país chamado Favela. Ele é sócio-diretor do Data Popular, instituto de pesquisa das classes mais pobres do Brasil.

Meirelles e o ativista Celso Athayde estão difundido o livro que aponta uma realidade bem concreta e bem diversa da espalhada pelas esquerdas leigas e eclesiásticas.

Um dado é concludente: enquanto artistas e ídolos famosos, frustrados após uma vida de prazeres, recorrem com frequência ao suicídio, 94% dos moradores da favela afirmam ser felizes, 74% consideram que a vida melhorou, e 66% dizem não ter vontade de sair da favela, mesmo se suas rendas dobrassem.

O livro foi baseado na pesquisa “Radiografia das favelas brasileiras”, de setembro de 2013, que ouviu dois mil moradores de 63 favelas brasileiras em 10 Estados.

Meirelles calcula que se existisse um Estado brasileiro chamado Favela, ele seria o quinto maior do País, pois contaria com 12 milhões de habitantes.

Nesse “Estado” ou “país”, os cidadãos estão convencidos que a vida melhorou. A renda per capita cresceu 54,7% nos últimos 10 anos, bem acima da média brasileira que foi de 37,9%. Mais, um terço dos habitantes ingressou na classe média, a julgar pela renda.

“A favela também se transformou num grande mercado consumidor. Em 2014, as favelas devem movimentar R$ 64,5 bilhões. É como se pegasse todo o consumo do Paraguai e somasse com o da Bolívia”, diz o livro.

'Vida feliz' com dinheiro e longe de Deus acaba em tragédia
'Vida feliz' com dinheiro e longe de Deus acaba em tragédia
Os favelados aprenderam como gerar renda, seja abrindo um salão de beleza no puxadinho de casa, seja cuidando dos filhos do vizinho, ou emprestando o cartão de crédito para um amigo. E os exemplos se multiplicam.

O que é isso? Simplesmente, livre iniciativa, propriedade privada e uma certa dose de fuga da invasão tributária, que afoga outras categorias sociais.

Só isso? Só Direito Natural?

Há um outro dado. A felicidade não está no dinheiro, nem no capricho. Está na reta ordem da alma posta diante de Deus, mesmo carecendo ou sofrendo.

Conhecer, amar e servir a Deus nesta terra para gozar de sua presença na bem-aventurança eterna, é o mais sábio dos conselhos.

E dessa alegria eterna Deus já vai antecipando primícias para aqueles que O procuram com despretensão nesta vida terrena. E isto está ao alcance de todas as classes sociais, desde que não se deixem iludir pela miragem dos “famosos” do jet-set.


terça-feira, 26 de março de 2024

Boa caligrafia é necessária para os bons negócios

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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A revista econômica britânica “The Economist” dedicou uma edição especial redigida por Lane Greene, seu colunista especializado em línguas, focando a importância da redação manual para ter sucesso nos negócios.

A revista ficou pasma pela ineficiência dos métodos digitais na transmissão das informações de negócios e pelos prejuízos dela derivados.

Até o momento de ver os resultados dos estudos científicos, a revista achava uma “bête noire” as questões relativas à caligrafia, privilegiando a tecnologia.

Greene diz que o debate mudou porque a ciência comprovou os perigos da tecnologia digital que apavoram aos pais dos jovens.

Professores universitários do hemisfério norte deploram a incapacidade dos alunos de prestar atenção nas aulas, deformados pelo costume de ler e passar mensagens instantâneas em lugar de pensar.

A ciência mostra que a caligrafia é uma “inovação” milenar que supera os computadores: ajuda a desenvolver melhor as ideias mais complicadas.

O uso da pena ou do lápis ativa a memória motora e sensorial: as pessoas lembram melhor o que escreveram do que digitando.

No teste de Pam Mueller e Danny Oppenheimer os alunos não entendiam o que digitavam; e os universitários mostravam impotência para dizer com suas próprias palavras o que tinham lido na tela LCD.

Em breve, a caligrafia ajuda a entender o que se está escrevendo e o teclado, no máximo, ajuda a criar bons papagaios, ironiza o especialista do “The Economist”.

Nos EUA recrutadores empresariais observam a escrita dos candidatos recusando uma metade por essa causa.

Na grafia manual as ideias vêm à mente e custam mais a ser esquecidas, disse o Dr Oppenheimer.


terça-feira, 12 de março de 2024

Mais de 140.00 franceses recusam vitrais “século XXI” em Notre Dame

Vitrais que o arcebispo de Paris e o presidente laicista querem eliminar. Os franceses defendem esse tesouro
Vitrais que o arcebispo de Paris e o presidente laicista querem eliminar.
Os franceses defendem esse tesouro
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Mais de 140.000 franceses enviaram abaixo assinado ao presidente Emmanuel Macron para que desista de seu projeto de substituir seis grandes vitrais em estilo gótico, refeitos no século XIX pelo genial Viollet-le-Duc, noticiou “El País”

Macron falou de vitrais com uma “marca do século XXI” concordando com proposta avançada pelo atual arcebispo Mons. Laurent Ulrich.

O arcebispo não pode mexer na estrutura da catedral pela lei e tratados internacionais.

Então deseja uma monstruosa decoração que instalaria o caos estético e teológico no interior da sagrada catedral.


Caos esse que já está devastando a Igreja em outras áreas morais e religiosas.

A reconstrução de Notre Dame está na reta final e será reaberta no dia 8 de dezembro deste ano, festa da Imaculada Conceição.

O abaixo assinado foi lançado pelo historiador de arte e jornalista Didier Rykner para salvar os vitrais projetados pelo genial arquiteto francês Eugène Viollet-le-Duc, responsável pela restauração da catedral em meados do século XIX.

Os vitrais em perigo não foram afetados pelo incêndio.

“Os vitrais de Viollet-le-Duc s fiéis às origens góticas da catedral”, escreve o  Didier Rykner, fundador da revista La Tribune de l’Art.

A ideia de adicionar uma “marca do século 21”, por todos entendida como uma marca da feiúra, não provém apenas do presidente, mas do arcebispo de Paris, Mons. Ulrich, que em carta expressou ao predsidente o seu “desejo” de que o Estado encomendasse “uma série de seis vitrais para as capelas do lado sul da nave”.

As críticas focaram ao muito criticado presidente Macron quem logo do início da restauração tentou passar um projeto que deformaria a catedral, mas que foi massivamente repudiado.

“Quem deu ao chefe de Estado o mandato para modificar uma catedral que não pertence a ele, mas a todos?”, perguntam os signatários da petição, que a cada dia acrescenta novos apoios.

A lei e os tratados internacionais exigem que a restauração de monumentos históricos seja feita “à l’identique” (idêntico ao anterior).

Mas Mons. Ulrich, empenhado na autodemolição da Igreja, finge desconhecer as leis. Seus cúmplices “laicistas” também fingem se arrender ao pedido do eclesiástico demolidor.