terça-feira, 27 de agosto de 2019

Prédios com cúpulas ou com tetos chatos?

Nas noites, as cúpulas de Buenos Aires dão um espetáculo muito procurado
Nas noites, as cúpulas de Buenos Aires dão um espetáculo muito procurado
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Um atrativo inesperado move fluxos de turistas em Buenos Aires: eles procuram as elegantes ou grandes cúpulas dos prédios da cidade construídas em variados estilos arquitetônicos durante a Belle Époque, destacou reportagem de “La Nación”.

Nisto Buenos Aires acompanhou as tendências das cidades mais cultas da Europa que privilegiavam o bom gosto irmanado à hierarquia social e cultural proporcionada e harmônica.

Segundo os livros de arquitetura, Buenos Aires é a cidade das 300 cúpulas, mas calcula-se que na realidade tenha mais de 2.000 nos mais diferentes estilos.

Porém, com a entrada da modernidade os prédios de estilo caíram no desinteresse ou no abandono. Suas belas cúpulas se degradaram e algumas foram demolidas.

As novas modas pediram arranha-céus com forma de paralelepípedos de vidro de grande altura e que culminavam num teto chato sem estilo. No máximo admitia-se torres de comunicação ou para-raios.

terça-feira, 13 de agosto de 2019

A Assunção: prêmio pelos sofrimentos da co-redenção

Assunção, Fra Angelico  (1395 – 1455), Google Cultural Institute
Assunção, Fra Angelico  (1395 – 1455), Google Cultural Institute
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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Nosso Senhor quis Ele mesmo subir aos céus contemplado pelos homens. Mas, também quis que a Assunção de Nossa Senhora para o Céu, depois da dEle, se desse diante do olhar humano.

Por quê?

Era preciso que a Ascensão fosse vista por homens que pudessem dar testemunho desse fato histórico duplo: não só de que Nosso Senhor ressuscitou, mas de que tendo ressuscitado Ele subiu aos céus.

Subindo ao Céu, Ele abriu o caminho para as incontáveis almas que estavam no Limbo esperando a Ascensão para irem se assentar à direita do Padre Eterno.

Antes de Nosso Senhor Jesus Cristo ninguém podia entrar no Céu. Ali só os anjos estavam lá.

Então Nosso Senhor, na Sua Humanidade santíssima, foi a primeira criatura – porque Ele ao mesmo tempo era Homem-Deus – que subiu aos Céus.

E enquanto Redentor nosso, Ele abriu o caminho dos Céus para os homens.

Também era preciso que Ele, que sofreu todas as humilhações, tivesse todas as glorificações.

E glória maior e mais evidente não pode haver do que o subir aos Céus.

terça-feira, 6 de agosto de 2019

60 anos depois, padres jovens retomam a batina que padres velhos jogaram fora para dar impressão de jovens

Para o simples fiel, padre sério anda de batina
Para o simples fiel, padre sério é o que anda de batina
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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Há quase 50 anos o cardeal arcebispo de Paris, Mons. Maurice Feltin, aprovou que os padres deixassem de usar a batina em condições normais.

Sua decisão, tomada em 29 de junho de 1962, não se apresentou como doutrinária ou moral, mas pastoral, visando adaptar os costumes eclesiásticos às mutações da sociedade.

Ela significou uma mudança histórica e foi acompanhada no mesmo ano pela maioria das dioceses francesas.

O “clergyman” foi acolhido até com euforia por sacerdotes novos e “beatas” de sacristia, relembrou certa vez o colunista da revista “La Vie”, Jean Mercier em artigo sob o sugestivo título de “A veste de luz”.

Mercier insiste na “embriaguez de modernidade” daquele momento pouco anterior ao Vaticano II para se compreender que a mudança foi recebida como “verdadeira liberação”.

Aproximadamente desde o Concílio de Trento os sacerdotes usavam batina para se diferenciarem do resto dos homens.

A batina adquiriu sua forma bem conhecida no século XIX.

O entalhe foi abolido pela forma ampla de cor preta, escreve Mercier: