Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
“Certa vez, no terracinho de uma fazenda em Amparo, de repente um beija-flor parou no ar e começou a sugar o néctar das flores de uma trepadeira. Ele osculou flor por flor.
Com seu voo semelhante ao trajeto de uma seta, ostentando um biquinho pontudo, o beija-flor descia e parava.
Tão inflexível e retilíneo no voar, ficava trêmulo na hora de sugar.
Começava com uma série de pequenos movimentos, esvoaçando em torno da flor e haurindo dela o mel que conseguia.
No seu bater de asas, nenhuma das vibrações repetia as outras. Dir-se-ia um instrumento musical tocando músicas sempre novas, uma composição nova que caracterizava o estilo beija-flor.