Casamento de Martín García de Loyola (parente de Santo Inácio) e Beatriz Clara Coya (da família real dos Incas). Igreja da Companhia, Cusco, Perú, século XVII |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Entre 10% e 15% da população latino-americana atual descendem de nobres espanhóis e portugueses, segundo as pesquisas genealógicas e demográficas do sociólogo colombiano Mario Jaramillo e Contreras, membro da Junta Diretiva da Real Associação de Fidalgos da Espanha (RAHE), noticiou a UOL.
Jaramillo investigou durante anos o impacto dos descendentes da nobreza espanhola e portuguesa na população latino-americana.
E defende a necessidade de se desmitificar a “lenda negra” que identifica como “delinquentes ou aventureiros sem escrúpulos” a grande maioria dos espanhóis que embarcaram nos séculos XV e XVI com destino às terras americanas.
“Foram milhares os nobres que embarcaram naquelas viagens, com a ideia de conhecer o Novo Mundo, primeiro”, e a fim de “contribuir para seu desenvolvimento político, econômico e cultural”, argumenta.
O especialista assegura que foram eles “os grandes protagonistas no descobrimento e colonização da América Latina”.
Jaramillo acrescenta que os processos americanos de independência em relação à Espanha e a Portugal no século XIX “não se entenderiam sem a participação direta de nobres”.
Por isso, ressalta ele, “os conceitos de nobreza e fidalguia são avaliados muito positivamente na América Latina”.
O sociólogo diz tratar-se de conceitos “que envolvem orgulho em boa parte da população” latino-americana.