terça-feira, 26 de maio de 2020

Hóstias consagradas em 1936
estão como se tivessem sido feitas ontem

As hóstias consagradas há mais de 80 anos na âmbula de cristal em que são hoje adoradas
As hóstias consagradas há mais de 80 anos
na âmbula de cristal em que são hoje adoradas
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Quando no domingo 24 de novembro de 2013 o bispo de Getafe, na região de Madri, D. Joaquín Maria López de Andújar y Cánovas del Castillo, comungou um pedacinho das hóstias veneradas como milagrosas, deu como julgamento canônico final: “Certifico que a forma que provei está como se tivesse sido feita recentemente”.

Mas essa hóstia fora consagrada precisamente o dia 16 de julho de 1936, festa de Nossa Senhora do Carmo, dois dias antes do início da Guerra Civil espanhola!

Essa guerra desencadeou uma perseguição comunista contra as hóstias que pareceria cinematográfica se não fosse verdadeira, da qual o Santíssimo Corpo de Cristo saiu indene e os perseguidores foram derrotados.

As referidas hóstias são hoje adoradas numa âmbula de cristal existente no nicho central de belo altar da igreja de San Millán, no alto de uma elevação de Moraleja de Enmedio, localidade a 21.96 km da capital espanhola ou a 28 km pela autoestrada.

Trata-se um pequeno município de 5.000 habitantes, pertencente à diocese de Getafe, no sul da Comunidade de Madri, quase uma periferia da capital.

Os fiéis de Moraleja não hesitam chamá-lo de “milagre”, mas por prudência a Igreja o denomina “prodígio” enquanto aguarda o pronunciamento final da Santa Sé.

16 hóstias intactas há mais de 80 anos

A pequena âmbula que guardava as hóstias nos esconderijos
A pequena âmbula que guardava as hóstias nos esconderijos
São 16 hóstias consagradas que se conservam assombrosamente intactas, após passarem mais de 80 anos pelas condições mais adversas e inverossímeis para fugir da profanação dos socialistas-comunistas.

O bispo D. Joaquín Maria López, acima citado, tampouco duvida e declarou ao site Religión en Libertad: “O protocolo da Igreja requer uma investigação científica, que inclui fazer uma ata do fato histórico e a comprovação de que as Sagradas Formas não se corromperam sem explicação científica”.

O bispo se referia a uma “análise química de laboratório para se comprovar que continua sendo pão e, portanto, que a presença real de Jesus Cristo, a presença Eucarística se perpetua”.

“Mas consta que as sagradas formas passaram por circunstâncias climáticas adversas e não se corromperam”, como ele próprio experimentou comungando uma delas.

O mesmo bispo acrescenta: “Meu predecessor, monsenhor Pérez y Fernández-Golfín, primeiro bispo da diocese, e eu mesmo, comprovamos consumindo algumas formas, que elas conservam as características próprias (chamadas ‘acidentes’) de pão elaborado recentemente”.

A incrível salvaguarda em condições adversas

A pequena âmbula onde estavam as formas e o pano que a recobria sofreram uma notável deterioração notável. Acresce-se que a âmbula não fecha hermeticamente, de modo que não houve um efeito ‘câmara de vazio’, tendo ficado escondida durante a Guerra Civil num telhado exposto às inclemências e a mudanças de temperatura”, salientou o bispo.

As hóstias no altar principal.
As hóstias no altar principal.
O Pe. Jesús Maria Parra Montes, pároco de San Millán, contou que o Pe. Clemente Díaz Arévalo, pároco em 1936, consagrou aproximadamente cem hóstias, das quais sobraram 24 após a Missa, que ele guardou numa pequena âmbula.

Quando soube que os milicianos comunistas viriam profanar a igreja, retirou-a do templo.

Em 1942, passada a Guerra, as testemunhas presenciais lavraram o histórico daqueles dias de perseguição, as mudanças de esconderijo, que incluiu, além de um telhado, uma adega onde o cibório ficou enterrado durante mais de setenta dias a 30 centímetros de profundidade.

O Pe. Clemente, o pároco, se escondia num morro disfarçado de pastor.

Quando os comunistas foram expulsos, os fiéis voltaram aos locais, achando-os no maior caos.

Desenterraram a âmbula e verificaram que estava totalmente enferrujada e que a umidade consumira seu banho de prata. Porém as 24 formas estavam em perfeito estado.

Dois capelães castrenses de um tercio (unidade militar equivalente a batalhão ou regimento) de requetés (monarquistas legitimistas) souberam da história e celebraram uma primeira missa na escola porque da igreja só restaram ruínas.

Igreja de San Millán, testemunha do prodígio eucarístico
e onde se conservam as sagradas formas.
Comungaram duas das hóstias e ficaram surpresos porque pareciam novas quatro meses após a consagração.

Depois comungaram uma terceira, tendo as 21 restantes sido conduzidas em procissão solene quando da restauração da igreja e de sua reabertura ao culto.

Elas foram conservadas no sacrário da igreja em uma âmbula lacrada, explica o pároco Pe. Jesús Maria, “Muito de vez em quando – a última foi em 2009 e a anterior em 1978 – abria-se a âmbula para ver se ainda estavam em bom estado, e sempre estavam perfeitas”.

Com a passagem do tempo, mais cinco hóstias foram consumidas na Comunhão em ocasiões especiais, restando hoje 16.

Milagres em crianças por nascer

Em 2011 Celia tinha 33 anos quando ficou grávida de gêmeas, tendo sofrido por decisão médica um parto induzido no “limite mínimo” para os bebês com apenas 24 semanas de gestação.

Uma delas faleceu com poucos meses e a outra foi operada do coração na incubadora. O Pe. Jesús Maria recorda que os médicos prognosticavam a sua morte.

A âmbula de cristal.
A âmbula de cristal.
Foi então que a família e os paroquianos encomendaram o caso ao ‘milagre eucarístico’ e a criança ficou tão bem que sequer teve sequelas ou problemas, segundo confirmam os relatórios médicos, enquanto a mãe atribui a cura a um evidente milagre.

O atual pároco, Pe. Jesús Parra, conta ainda o caso de uma menina que nasceria sem extremidades, mas que veio à luz em perfeito estado pelas súplicas às hóstias ‘milagrosas’, segundo publicou o Servicio de Información Católica.

A profecia do bom pároco

Um fato admirável associado ao prodígio eucarístico e anterior a ele ocorreu em 1935, quando morreu com fama de santidade o pároco anterior de Moraleja, Pe. Roberto García Trejo.

Na hora de sua morte, conta o Pe. Parra, ele “exibiu uma expressão de enorme felicidade. Perguntaram-lhe então: ‘o que vês? Ele respondeu: vejo um milagre na igreja e pessoas peregrinando para vê-lo’. Depois, quando se soube do prodígio das sagradas formas, muitas pessoas se lembraram do sacerdote”.

Há agora sinais de que a profecia do pároco começa a se efetivar com as romarias das paróquias de Móstoles e de Villanueva de la Cañada.

Além de muitas pessoas que se aproximam individualmente.

Arriscaram a vida pela Eucaristia e ninguém morreu
Altar com as hóstia na ambula de cristal.
Altar com as hóstia na ambula de cristal.

Os habitantes de Moraleja de Enmedio atribuem ao ‘prodígio’ outro milagre: nenhum deles morreu por causa da Guerra Civil 1936-1939 que, entretanto, fez por volta de 300.000 mortos.

O bispo Joaquín Maria explica que “os habitantes associam isso a uma proteção especial de Nosso Senhor que, por terem guardado e protegido a Eucaristia durante os duros anos da Guerra, Jesus os protegeu especialmente”.

A cidade sofreu muito durante o longo e violento assalto de Madri, recebendo vários bombardeios aéreos. No entanto, as bombas que caíam nunca explodiam.

“Não é possível humanamente — diz o bispo — demonstrar a conexão entre a guarda clandestina das Sagradas Formas incorruptas e a ausência de desgraças aos filhos do povo durante a Guerra Civil, mas é indubitável que ambos os acontecimentos coincidiram no tempo e no espaço”.

O bispo de Getafe sublinha “tratar-se sem dúvida de uma prova da transubstanciação ou mudança da substância de pão normal em Corpo e Sangue de Cristo eucarístico, mantendo as aparências, de cor, sabor, etc.”.

O prodígio eucarístico de Moraleja de Enmedio: falam as testemunhas.
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terça-feira, 12 de maio de 2020

Na mesa se decide o fracasso ou o triunfo familiar e social

Comer em família é indispensável sem invasão digital
Comer em família é indispensável sem invasão digital
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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Num lar típico de advogados bem sucedidos em Buenos Aires os pais e os filhos não tomavam as refeições reunidos. Reinavam smartphones, tablets, laptops ou TV de plasma.

Os pretextos ou alegados eram muitos: horários de trabalho ou escola, atividades diversas intensas, etc. Até que a família pensou voltar a partilhar as refeições.

Não foi fácil pois os filhos nem sabiam dialogar e cada um comia o que pediu ao delivery, explicou “La Nación”.

Então experimentaram ao vivo o que ouviram de muitos psicólogos especialistas em vida social: quando a mesa familiar não é partilhada como é natural, o desenvolvimento social crianças e adultos sofre um impacto negativo.