domingo, 24 de dezembro de 2023

Feliz Natal e bom Ano Novo !


Natal junto ao Presépio com o coração transpassado de dor



quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Costumes católicos do Natal: uma arca de tesouros espirituais, culturais e até gastronómicos!

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs


Visite nossas páginas dedicadas ao Natal.

Na lista de links que segue a continuação, clicando o leitor encontrará um rica explicação de cada um desses santos e deliciosos costumes católicos natalinos.




































terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Dado essencial: houve o fenômeno astronômico denominado “estrela de Belém”

matemático imperial e astrônomo da corte, Johannes Kepler
Matemático imperial e astrônomo da corte Johannes Kepler
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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No post anterior referimos a tese do astrônomo Mark Thompson, da Royal Astronomical Society de Londres e apresentador científico da BBC, noticiada por "The Telegraph".

Cabe ponderar que essa tese não é a única nos meios científicos. Há anos, Werner Keller, num livro muito divulgado mas que sofre por falta de atualização do ponto de vista científico (Werner Keller, “E a Bíblia tinha razão”, Melhoramentos, SP, 18ª ed., 1992) reproduz afirmações avalizadas de cientistas de fama universal.

Pouco antes do Natal, no dia 17 de dezembro de 1603, o famoso matemático imperial e astrônomo da corte, Johannes Kepler (ao lado), estava em Praga observando, com seu modesto telescópio, a “conjunção” de Saturno e Júpiter na constelação de Peixes.

Kepler lembrou que segundo o rabino Abarbanel (1437-1508) para os astrólogos judeus o Messias viria por ocasião de uma conjunção de Saturno e Júpiter na constelação dos Peixes.

Após muitos cálculos, Kepler decidiu-se pela idéia que aquela “conjunção” aconteceu no ano 6 a.C. Mas, a época de Kepler era a dos “filósofos das Luzes”, laicistas e agnósticos, que recusavam a priori tudo o que falasse em favor do cristianismo, e não prestou ouvidos à hipótese do cientista.

Em 1925, o assiriólogo alemão Paul Schnabel decifrou as anotações cuneiformes da escola astrológica de Sippar, na Babilônia. Nelas encontrou uma nota sobre a conjunção de Júpiter e Saturno cuidadosamente registrada durante cinco meses no ano 7 antes do nascimento de Cristo!

Para o caldeus, Peixes representava Ocidente e para a tradição judaica, simbolizava Israel e o Messias. Júpiter foi considerado por todos os povos e em todos os tempos a estrela da sorte e da realeza.

O céu de Jerusalém no 12 de novembro do ano 7 a.C., direção sul
Segundo a velha tradição judaica, Saturno deveria proteger Israel; Tácito comparava-o ao Deus dos judeus. A astrologia babilônia considerava o planeta dos anéis como astro especial das vizinhas Síria e Palestina.

Uma aproximação esplendorosa de Júpiter com Saturno, protetor de Israel, na constelação do “Ocidente”, do Messias, significava o aparecimento de um rei poderoso no Ocidente, na terra de Israel. E esse foi o motivo da viagem dos magos do Oriente, conhecedores das estrelas!

Assim como eles podiam prever os futuros eclipses do Sol e da Lua, souberam prever com exatidão a data da “conjunção” seguinte: o 3 de outubro, data da festa judaica da propiciação.

Os magos devem ter entrado em Jerusalém em fins de novembro.

“Onde está o rei dos judeus, que nasceu? Porque nós vimos a sua estrela no Oriente, e viemos adorá-lo. E, ouvindo isso, o Rei Herodes turbou-se, e toda a Jerusalém com ele” (Mateus 2.2, 3). Para os conhecedores dos astros do Oriente, essa devia ser a primeira e natural pergunta, e era lógico que produzisse espanto em Jerusalém.

Caravana dos Reis Magos, Benozzo Gozzoli, detalhe.
Herodes era um tirano odiado, fora posto no trono pelos romanos, não era propriamente judeu, e sim idumeu. O anúncio de um rei recém nascido fê-lo temer pela sua soberania. O historiador judeu Flávio Josefo informa que, por essa época, correu entre o povo o rumor de que um sinal divino anunciara o advento de um soberano judeu.

Herodes consultou os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo para indagar onde havia de nascer o Cristo. Estes encontraram no livro do profeta Miquéias: “E tu, Belém Efrata, tu és pequenina entre milhares de Judá; mas de ti é que me há de sair aquele que há de reinar em Israel...” (Miquéias 5.2).

Ouvindo isso, Herodes mandou chamar os magos “e enviou-os a Belém” (Mateus 2.4 a 8). Como em 4 de dezembro Júpiter e Saturno se reuniram pela terceira vez na constelação de Peixes, eles “...ficaram possuídos de grandíssima alegria” e partiram para Belém, “e eis que a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles” (Mateus 2.10 e 9).

Na terceira conjunção, Júpiter e Saturno pareciam fundidos numa grande e rutilante estrela e, no crepúsculo do anoitecer, apareciam no sul, isto apontando o caminho de Jerusalém para Belém. Desta maneira, tinham a brilhante estrela sempre diante dos olhos, e, como diz o Evangelho, a estrala ia “adiante deles”.

Afinal, temos vontade de perguntar: com o quê foi a conjunção de Júpiter: com Saturno, como diz Kepler, ou com Regulus, como diz Thompson?

A pergunta só poderá ser respondida em definitivo pelos cientistas.

O mesmo pode se dizer sobre a relativa disparidade das datas. As avançadas hoje por Mark Thompson têm em seu favor a precisão de computadores que Kepler e os astrônomos da Babilônia não dispunham.

Nós, como simples leigos, entretanto, tiramos uma certeza: é que segundo o que a ciência pôde apurar, uma grande conjunção de astros formou a famosa “estrela de Belém” que conduziu os três Reis até Belém como narra o Evangelho.

A fé fica pois confortada pela ciência.

Sobre se foi Saturno ou Regulus, e se os babilônios, Kepler ou os computadores acertaram melhor as datas, os cientistas algum dia se porão de acordo.



domingo, 17 de dezembro de 2023

Astrônomo defende com computador a existência da estrela de Belém (1)

O astrônomo Mark Thompson, membro da Royal Astronomical Society de Londres
O astrônomo Mark Thompson,
membro da Royal Astronomical Society de Londres
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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O astrônomo Mark Thompson, membro da Royal Astronomical Society de Londres e apresentador de astronomia no The One Show da BBC, realizou um estudo científico que explicaria a natureza da estrela que conduziu os Reis Magos até Belém, confirmando a narração do Evangelho de São Mateus.

Usando registros históricos e simulações de computador que permitem mapear a posição das estrelas e dos planetas em torno da data em que Jesus nasceu, Thompson defende que nessa época houve um evento astronômico incomum.

Segundo ele, entre setembro do ano 3 a.C. e maio do ano 2 d.C. houve três “conjunções” onde o planeta Júpiter e a estrela Regulus passaram perto um do outro no céu da noite estrelada.

A estrela Regulus ‒ literalmente “pequeno rei” ‒ está no plano dos planetas e não raro ela aparece próximo a um dos planetas.

1ª) Júpiter cruzou com Regulus por vez primeira seguindo seu movimento habitual rumo ao leste.

2ª) Depois apareceu revertendo o caminho e cruzou a estrela novamente, desta vez em direção oeste.

3ª) Por fim, mudando de direção mais uma vez, retomou sua direção normal rumo ao leste e cruzou com a estrela pela terceira vez.

Thompson, que deverá apresentar na BBC o novo programa de astronomia Stargazing Live junto com o Professor Brian Cox, disse:

“Curiosamente no mundo da astrologia antiga, Júpiter é considerado o rei dos planetas e Regulus, que é a estrela mais brilhante da constelação de Leão, é considerada a rainha das estrelas.”

“Os três Reis Magos, acrescentou, eram considerados por alguns como sacerdotes zoroastristas, que eram astrônomos de renome na época, e quando o rei dos planetas passou tão perto da rainha das estrelas e em três ocasiões, devem ter julgado que era um fato muito significativo interpretável como o nascimento de um novo rei”.

Numerosas teorias de astrônomos do passado tentaram apresentar como explicação científica da estrela de Belém um cometa, uma supernova ‒ quando uma estrela explode e produz enormes quantidades de luz ‒ ou até um planeta.

Thompson disse que ele considerou “todas essas possibilidades” antes de chegar à sua conclusão.


As três conjunções de Júpiter e Regulus, tiveram lugar em 14 de setembro do ano 3 a.C., em 17 de Fevereiro e em 8 de maio do ano 2 d.C. Elas foram causadas pelo fenômeno astronômico chamado de movimento retrógrado aparente, em que um planeta parece que pára na noite sua marcha normal rumo ao leste e ruma para o oeste, por um período de várias semanas.

Isso acontece porque os planetas exteriores do nosso sistema solar orbitam em volta do Sol a uma velocidade mais lenta que a Terra, e por isso nosso planeta, ocasionalmente os ultrapassa.

“O movimento retrógrado [no caso estudado] deu a impressão que Júpiter estava se movendo em direção oeste do céu e por isso os [Três Reis Magos] puderam segui-lo a partir da Pérsia”, explicou Thompson.

“Uma viagem de camelo até Israel teria levado cerca de três meses. Curiosamente, este é aproximadamente o mesmo tempo em que Júpiter parecia estar viajando na direção oeste”, disse


E concluiu: “Não me cabe a mim dizer se realmente a Bíblia está certa ou errada, eu estou apresentando o mapa dos fatos que estão diante de mim”.

De fato, é esse o papel da ciência dentro de seus limites. E é natural concluir que confirma de modo sugestivo o relato evangélico.

O astrônomo inglês chegou a essas conclusões utilizando tecnologias computacionais avançadas e o saber acumulado pela ciência ao longo dos séculos.

Sua teoria, entretanto, não é inteiramente nova. Ela concorda com as apresentadas por outras autoridades da astronomia em épocas diversas. Esta concordância reforça a teoria de Thompson.

De fato, a estrela de Belém sempre intrigou filósofos, teólogos e cientistas. E a idéia que a famosa estrela tinha sido resultante de uma conjunção de astros de primeira magnitude já foi defendida por respeitadas autoridades da astronomia.



Veja mais a respeito da estrela de Belém e a ciência em: Dado essencial: houve o fenômeno astronômico denominado “estrela de Belém”



O retorno das pombas

As gárgulas da catedral de Dijon passavam muito frio no Natal
As gárgulas da catedral de Dijon passavam muito frio no Natal
Luis Dufaur
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Na Borgonha, as pedras nunca são brancas por vontade de Deus.

Ao contrário, com o passar dos anos e dos séculos elas ficam bem cinzentas e até pretas.

No alto da catedral, as gárgulas – aquelas esculturas de animais quiméricos colocadas para dar vazão às águas de chuva e qualquer outra sujeira tirada por esta do telhado –, sempre bem alinhadas, estavam mais do que feias.

Mais. Sentiam-se doentes e tristes no seu pétreo silêncio.

Por obra dos entalhadores, elas tinham formas de diabos, monstros e animais horríveis.

O vento, a chuva, as geadas, as fumaças, tudo contribuía para deixá-las mais estragadas, repulsivas e decadentes.

Acontecia também – e ninguém sabia explicar – que as pombas tinham diminuído em número, a ponto de quase desaparecerem.

Só restavam algumas, mas estavam velhas e doentes. Já não se via seu vulto branco no céu e nos galhos das árvores.

A Virgem Negra da catedral de Dijon
A Virgem Negra da catedral de Dijon
Elas não mais arrulhavam como outrora nos jardins.

O Natal foi se aproximando, e com ele o frio, o vento gélido e os nevoeiros do inverno que estragavam as gárgulas.

Uma noite gelou de rachar a pedra, que rachou verdadeiramente numa noite de lua: o gelo fez estourar encanamentos e gárgulas.

Essa tragédia desencadeou uma revolta. Enquanto os homens dormiam, as gárgulas saíram de seu sono pétreo, reuniram-se num conciliábulo noturno e tomaram uma grande decisão.

Dias atrás elas tinham ouvido que na capela da Virgem Negra, na catedral, havia sido montado um grande presépio.

Dizia-se que ali havia velas, luz, calor.

Na véspera, os sinos haviam repicado com maior força e toda a cidade fora visitar o referido presépio.

Mais tarde, as pessoas voltaram felizes às suas casas aquecidas, enquanto as portas da catedral eram fechadas.

Ouviram que o mais belo Menino estava lá
As gárgulas haviam visto aquele espetáculo.

Mais: do alto da catedral, elas contemplavam de um extremo a outro da cidade centenas de janelas iluminadas nos aconchegantes lares.

Ainda ouviram elas que dentro da capela podia-se ver o mais belo bebê que nasceu na Terra.

As gárgulas chegaram a um acordo: embora feitas de pedra estragada pelo frio, elas se refugiariam na capela e falariam com o Menino.

Acabariam com aquele frio e, além do mais, fariam alguma coisa inusual!

Na hora mais pesada da noite, começaram elas a se movimentar, cada uma mais feia do que a outra, mais enegrecida e suja do que a vizinha, mais torta e espantosa do que se podia imaginar.

Agrupadas se pareciam mais com um bando de corvos negros.

Elas eram dezenas e voavam em torno do campanário à procura de alguma entrada. Assim que a descobriram enfiaram-se todas dentro num só e sinistro voo.

Quando o Menino as viu chegar chorou de espanto
Quando o Menino as viu chegar com suas enormes asas pretas e repugnantes bicos pontiagudos, começou a chorar de horror.

Nem sua Mãe conseguia acalmar seu choro de medo.

Apavorados pelo pânico que eles próprios tinham suscitado, os corvos-gárgulas retrocederam.

E se reuniram de lado de fora, numa hora em que a neve começara a cair.

Puseram-se então a discutir o que fazer.

A disputa foi longe e não chegavam a um acordo. Voltar ao teto da catedral? Que horror! Que frio!

Mas fazer chorar um recém-nascido era um crime insuportável!

Finalmente, decidiram voltar à capela, devagarzinho, em boa ordem, calmamente, com silêncio e disciplina.

Vendo-as o Menino riu
Na segunda vez, vendo-as o Menino riu
Quando o Menino os viu, começou a rir. E o fazia a plenos pulmões de gáudio e satisfação.

Os corvos-gárgulas não acreditavam no que viam. Eles, esses monstros alegravam o Menino?

Eles se olharam uns aos outros e atinaram com estupefação que não se pareciam mais corvos.

A neve que caíra sobre eles do lado de fora os tinha recoberto com seu manto branco.

Vendo-os chegar, a Mãe daquela divina Criança voltou seu olhar com um sorriso apiedado para o tabernáculo, e rogou para que a neve branca e delicada que os cobria nunca mais derretesse.

Se aqueles pássaros não assustaram o Menino era porque sua plumagem tinha ficado suave, sedosa e alva.

Foi assim que numa bela manhã de Natal os habitantes de Dijon viram que as pombas haviam reaparecido voando sobre a catedral.

É por isso também que os guias honestos contam aos turistas que as gárgulas hoje existentes na catedral não são as originais, mas meras cópias.

Marcelo Dufaur, desde a França

(Fonte: Sophie e Béatrix Leroy d’Harbonville, “Au rendez-vous de la Légende Bourguignonne”, ed. S.A.E.P., Ingersheim 68000, Colmar, França)


terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Bispo reconhece milagre eucarístico em Honduras

O corporal todo manchado de sangue
O corporal todo manchado de sangue
Luis Dufaur
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Na pequena paróquia rural de El Espinal, em Honduras, que contra com apenas 60 famílias espalhadas nas colinas próximas à cidade de San Juan, aconteceu um milagre eucarístico oficialmente reconhecido pelo bispo diocesano, informou o site “Aleteia”.

A paróquia é tão simples que não tem um padre que resida nela para administrar os sacramentos.

O triste fato está se tornando abrumadoramente frequente pela diminuição do clero e da quase desaparição das vocações para o seminário.

Só há um ministro extraordinário da Sagrada Comunhão no lugarejo.

Na quinta-feira, 9 de junho de 2022, festa de Jesus Cristo Sumo Sacerdote, o ministro observou algo incomum no tabernáculo.

De acordo com a Catholic News Agency, 15 famílias que procuravam a Sagrada Comunhão observaram que no sacrário que vinha de ser aberto no corporal que enrolava um cibório de madeira apareciam surpreendentemente manchas de sangue.

O ministro disse em entrevista à EWTN que ele “ficou surpreso” e sua primeira reação foi “isto é o Sangue de Cristo”.

Os presentes ficaram convencidos de que era um milagre e afastaram hipóteses como o de uma vazão no telhado da capela.

Foram convocados os padres Marvin Sotelo e Oscar Rodriguez, missionários do Sagrado Coração que vendo o acontecido, falaram com as testemunhas e lacraram o tabernáculo com o corporal.

Levaram o assunto a Mons. Walter Guillén Soto, bispo da diocese de Gracias, e responsável pela diocese.

O bispo agiu com muita cautela alegando que “não sou tão propenso a acreditar ingenuamente nas coisas. A lógica nos torna prudentes para acreditar sem examinar e sem analisar”, declarou ele à EWTN News.

Transcorridos três meses, o bispo enviou o corporal para o centro de toxicologia DISA Test, na capital Tegucigalpa, onde o Dr. Héctor Díaz del Valle, doutorado em química e farmácia, dirigiu uma investigação.

Além do mais, no final de outubro de 2022, o material foi examinado por um perito forense e um perito em toxicologia.

Os testes descartaram a hipótese de que as manchas fossem resina da madeira do cibório ou de animais, ou que fossem pigmentos ou outra substância.

O material estava livre de fungos, mofo e contaminação, apesar do tempo decorrido desde a descoberta das manchas.

Os testes apontaram que as manchas no corporal são, de fato, de sangue.



O Pe. Marvin Sotelo disse à HCH, principal canal de notícias de Honduras, que os resultados apontam que “na verdade, é sangue humano do tipo AB+, que é o tipo sanguíneo de todos os milagres eucarísticos”.

Sangue do mesmo tipo foi encontrado, por exemplo, durante o exame do milagre de Lanciano e do Sudário de Turim.

Por fim, o bispo Walter Guillen Soto anunciou os resultados do estudo e reconheceu que as manchas eram humanamente inexplicáveis.

Então declarou:

“Penso que este sinal extraordinário, visível, tangível, perceptível, verificável desta manifestação do Sangue do Senhor numa comunidade obscura no meio da ruralidade mais extrema do nosso meio agrícola”.

Ele enfatizou que Nosso Senhor Jesus Cristo praticou esse milagre não para um clérigo ou religioso, mas para leigos.

Disse também que “é a fé dos leigos que mantém viva a vitalidade da Igreja nestes cantos do mundo. Para mim e para o clero da diocese foi um chamado à conversão”.

Todo o material foi entregue ao Vaticano para a verificação final do milagre.



terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Uniforme escolar põe ordem nos estudos

63% dos franceses querem uniforme escolar, como estes alunos ingleses
63% dos franceses querem uniforme escolar, como estes alunos ingleses
Luis Dufaur
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O ministro da Educação da França, Gabriel Attal, anunciou pela rádio RTL que o país estuda o porte de farda nas escolas que desejarem, inclusive públicas, explicou a conhecida revista “Valeurs Actuelles”.

O ensaísta Jean-Paul Brighelli comentou que viajando pelo Japão e vendo os alunos uniformizados nas ruas ficou convencido da utilidade das fardas escolares.

O uniforme elimina evita o bullying e ofensas por causa das roupas e previne o assédio. Ele convida alunos e professores a se vestirem decentemente, algo raro nos dias de hoje, onde o descuido é geral, prosseguiu.

Usar o uniforme tem um efeito interessante: ele diz não vamos para a escola como vamos para a rua. Vestimo-nos para ir à escola, tal como antigamente nos vestíamos para ir à ópera.

É cerimonial. Pela manhã as crianças já saem em condições de trabalhar. É essencial. Quando voltarem para casa, poderão se vestir da maneira que quiserem novamente.

Acresce outro efeito registrado no Japão: fora da escola, as crianças japonesas tendem a se vestir bem. O Japão é uma sociedade que supera a França em distinção.

Usar uma saia evita que as meninas fiquem curvadas na cadeira. Nos meninos, o lado rígido da jaqueta incentiva o bom comportamento.

Alunas japonesas com uniforrme escolar
Alunas japonesas com uniforrme escolar
Para Brighelli o modelo japonês poderia ser um exemplo para a França. Porque os uniformes são escolhidos pelas escolas: em geral, as meninas usam saia e os meninos, blazer.

As meninas devem ter o cabelo cortado curto ou preso para trás, e proibidos os cabelos coloridos.

A Tailândia e o Vietnam funcionam exatamente da mesma maneira. Têm uma visão de ordem que achamos difícil de ter na Europa. Ordem que a gente aliás tinha e perdeu basta olhar as fotos das turmas dos anos 60: muito bem vestidas, muitos meninos com gravata.

O lado desleixado das roupas induz a um modo desleixado no trabalho.

Na França durante vários anos, o debate sobre o uniforme tem estado em primeiro plano. Em janeiro de 2023, a Assembleia Nacional rejeitou uma proposta de lei sobre o tema. Por que os políticos se opõem a isso?

É que na França, explica, há uma falsa ideia de liberdade. Liberdade não é vestir de qualquer maneira, ou de dizer ou fazer qualquer coisa.

Nós deveríamos deixar claro que só existe uma cultura em França: a cultura francesa. O resto é lixo.

Aduzir que o uso do uniforme escolar é coisa antiquada ou reacionária, é uma bandeira fácil da esquerda. Na realidade, o uniforme é um fator de progresso.

Na França, Escola da Légion de Honneur
Na França, Escola da Légion de Honneur
Todos os esquerdistas apoiam o igualitarismo mas no querem esta igualdade no vestuário! Na escola, a única distinção desejável é a distinção intelectual. Não é a marca do seu jeans.

E a ideia é aceita pela opinião geral, segundo pesquisa do instituto CSA para o CNews em janeiro 2022, 59% dos franceses dizem ser a favor do retorno dos uniformes às escolas...

Deveríamos fazer um referendo de iniciativa popular. Caso contrário, os deputados ficariam em debates estéreis.

Francamente, não existe um político que saiba alguma coisa sobre o problema da educação.

Seria um avanço, não um milagre, mas uma solução para problemas que a escola sofre. O uniforme cria um ambiente que é prelúdio à ordem necessária aos estudos.