terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Uniforme escolar põe ordem nos estudos

63% dos franceses querem uniforme escolar, como estes alunos ingleses
63% dos franceses querem uniforme escolar, como estes alunos ingleses
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






O ministro da Educação da França, Gabriel Attal, anunciou pela rádio RTL que o país estuda o porte de farda nas escolas que desejarem, inclusive públicas, explicou a conhecida revista “Valeurs Actuelles”.

O ensaísta Jean-Paul Brighelli comentou que viajando pelo Japão e vendo os alunos uniformizados nas ruas ficou convencido da utilidade das fardas escolares.

O uniforme elimina evita o bullying e ofensas por causa das roupas e previne o assédio. Ele convida alunos e professores a se vestirem decentemente, algo raro nos dias de hoje, onde o descuido é geral, prosseguiu.

Usar o uniforme tem um efeito interessante: ele diz não vamos para a escola como vamos para a rua. Vestimo-nos para ir à escola, tal como antigamente nos vestíamos para ir à ópera.

É cerimonial. Pela manhã as crianças já saem em condições de trabalhar. É essencial. Quando voltarem para casa, poderão se vestir da maneira que quiserem novamente.

Acresce outro efeito registrado no Japão: fora da escola, as crianças japonesas tendem a se vestir bem. O Japão é uma sociedade que supera a França em distinção.

Usar uma saia evita que as meninas fiquem curvadas na cadeira. Nos meninos, o lado rígido da jaqueta incentiva o bom comportamento.

Alunas japonesas com uniforrme escolar
Alunas japonesas com uniforrme escolar
Para Brighelli o modelo japonês poderia ser um exemplo para a França. Porque os uniformes são escolhidos pelas escolas: em geral, as meninas usam saia e os meninos, blazer.

As meninas devem ter o cabelo cortado curto ou preso para trás, e proibidos os cabelos coloridos.

A Tailândia e o Vietnam funcionam exatamente da mesma maneira. Têm uma visão de ordem que achamos difícil de ter na Europa. Ordem que a gente aliás tinha e perdeu basta olhar as fotos das turmas dos anos 60: muito bem vestidas, muitos meninos com gravata.

O lado desleixado das roupas induz a um modo desleixado no trabalho.

Na França durante vários anos, o debate sobre o uniforme tem estado em primeiro plano. Em janeiro de 2023, a Assembleia Nacional rejeitou uma proposta de lei sobre o tema. Por que os políticos se opõem a isso?

É que na França, explica, há uma falsa ideia de liberdade. Liberdade não é vestir de qualquer maneira, ou de dizer ou fazer qualquer coisa.

Nós deveríamos deixar claro que só existe uma cultura em França: a cultura francesa. O resto é lixo.

Aduzir que o uso do uniforme escolar é coisa antiquada ou reacionária, é uma bandeira fácil da esquerda. Na realidade, o uniforme é um fator de progresso.

Na França, Escola da Légion de Honneur
Na França, Escola da Légion de Honneur
Todos os esquerdistas apoiam o igualitarismo mas no querem esta igualdade no vestuário! Na escola, a única distinção desejável é a distinção intelectual. Não é a marca do seu jeans.

E a ideia é aceita pela opinião geral, segundo pesquisa do instituto CSA para o CNews em janeiro 2022, 59% dos franceses dizem ser a favor do retorno dos uniformes às escolas...

Deveríamos fazer um referendo de iniciativa popular. Caso contrário, os deputados ficariam em debates estéreis.

Francamente, não existe um político que saiba alguma coisa sobre o problema da educação.

Seria um avanço, não um milagre, mas uma solução para problemas que a escola sofre. O uniforme cria um ambiente que é prelúdio à ordem necessária aos estudos.


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