Cada vez mais jovens paulistas vêm se dedicando à música antiga, embora os mais velhos achem retrógrado.
Eles jovens procuram melodias de épocas passadas, sobre tudo da Idade Média, do Renascimento e do período barroco, para as quais não há bem partituras, ou é difícil achar os instrumentos certos.
A tendência se reproduz nas cidades mais modernas do país.
Cravos, alaúdes e flautas de outros séculos voltam a ver a luz especial-mente recriados para atender a nova tendência.
Na Idade Média a música profana nasceu sob o bafejo inspirador do gregoriano. As notações eram simples.
O gregoriano criou a base da notação musical, porém dava mais importância ao “pneuma”, original desenho que transmitia a “alma” da partitura.
O mesmo acontecia com a música profana, com a diferença que de esta última ficaram poucos registros.
A inspiração, o talento, as inúmeras e cambiantes circunstâncias do momento faziam com que de uma mesma partitura brotassem pelo talento do artista interpretações originais, tal vez ouvidas só uma vez na história.
Nos séculos seguintes exagerou-se no outro sentido: o de pôr acima de tudo a anotação escrita, aliás, boa e necessária.
Os luthiers (artesãos que fazem instrumentos de cordas, como o alaúde) de hoje constroem instrumentos o mais parecidos com os dos séculos XVII e XVIII.
Eles não pertencem a velhas linhagens de artesões, mas partem de zero.
É um renascer da tradição a partir da saudade de algo que as novas gerações não conheceram mas se perguntam por quê deixou de existir.
As vendas triplicaram no Brasil, porém, a maioria vai para o exterior. Há fila de espera de muitos meses.
E o público geral também apetece esta música pouco poluída pelos ritmos agressivos da modernidade.
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sábado, 11 de outubro de 2008
Jovens brasileiros ressuscitam música antiga
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