Cristo Rei: os Estados devem render culto público a Deus em homenagem à sua soberania universal vitral na igreja de São Miguel, Cumnor, Inglaterra |
A Igreja consagra o último domingo de outubro, à comemoração da festa de Cristo Rei.
Foi o Santo Padre Pio XI [então] gloriosamente reinante que instituiu essa solenidade a fim de reavivar entre os fiéis a lembrança da soberania de Jesus Cristo sobre as pessoas e os povos.
A verdade ensinada por Sua Santidade na Encíclica de 11 de Dezembro de 1925 não é mais do que a reprodução do que a Igreja sempre ensinou e praticou.
Pio XI veio reafirmar em pleno século XX a tradição observada sempre pela Igreja, já no tempo em que o Papa Leão III coroava Carlos Magno Imperador do Ocidente.
Já na época em que, mil anos mais tarde, o Pontífice Leão XIII ensinava na “Immortale Dei” a obrigação dos Estados renderem um culto público a Deus, em homenagem à sua soberania universal.
Mas o nosso tempo, dominado pelo laicismo, deixou de reconhecer as prerrogativas reais de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Daí provêm todos os males da sociedade atual, por ter pretendido organizar a vida individual e social como se essa realeza não existisse, e até em oposição formal a ela.
Tal a grande apostasia de nossos tempos, que produziu os frutos amargos do orgulho e do egoísmo, no lugar da Caridade, do amor de Deus e do próximo, gerou a inveja entre os indivíduos, o ódio entre as classes, as rivalidades entre as nações.
Por isso é que no mundo moderno encontraram eco a voz de um Nietzche, endeusando o super-homem no paroxismo do orgulho, a pregação de um Marx lançando as classes sociais umas contra as outras ou a palavra alucinada de um Rosenberg incensando a pretendida raça pura dos alemães.
Só a ação social católica é capaz de remediar a todos males de nossa época, fazendo Cristo reinar na sociedade.
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