terça-feira, 26 de março de 2024

Boa caligrafia é necessária para os bons negócios

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A revista econômica britânica “The Economist” dedicou uma edição especial redigida por Lane Greene, seu colunista especializado em línguas, focando a importância da redação manual para ter sucesso nos negócios.

A revista ficou pasma pela ineficiência dos métodos digitais na transmissão das informações de negócios e pelos prejuízos dela derivados.

Até o momento de ver os resultados dos estudos científicos, a revista achava uma “bête noire” as questões relativas à caligrafia, privilegiando a tecnologia.

Greene diz que o debate mudou porque a ciência comprovou os perigos da tecnologia digital que apavoram aos pais dos jovens.

Professores universitários do hemisfério norte deploram a incapacidade dos alunos de prestar atenção nas aulas, deformados pelo costume de ler e passar mensagens instantâneas em lugar de pensar.

A ciência mostra que a caligrafia é uma “inovação” milenar que supera os computadores: ajuda a desenvolver melhor as ideias mais complicadas.

O uso da pena ou do lápis ativa a memória motora e sensorial: as pessoas lembram melhor o que escreveram do que digitando.

No teste de Pam Mueller e Danny Oppenheimer os alunos não entendiam o que digitavam; e os universitários mostravam impotência para dizer com suas próprias palavras o que tinham lido na tela LCD.

Em breve, a caligrafia ajuda a entender o que se está escrevendo e o teclado, no máximo, ajuda a criar bons papagaios, ironiza o especialista do “The Economist”.

Nos EUA recrutadores empresariais observam a escrita dos candidatos recusando uma metade por essa causa.

Na grafia manual as ideias vêm à mente e custam mais a ser esquecidas, disse o Dr Oppenheimer.


terça-feira, 12 de março de 2024

Mais de 140.00 franceses recusam vitrais “século XXI” em Notre Dame

Vitrais que o arcebispo de Paris e o presidente laicista querem eliminar. Os franceses defendem esse tesouro
Vitrais que o arcebispo de Paris e o presidente laicista querem eliminar.
Os franceses defendem esse tesouro
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Mais de 140.000 franceses enviaram abaixo assinado ao presidente Emmanuel Macron para que desista de seu projeto de substituir seis grandes vitrais em estilo gótico, refeitos no século XIX pelo genial Viollet-le-Duc, noticiou “El País”

Macron falou de vitrais com uma “marca do século XXI” concordando com proposta avançada pelo atual arcebispo Mons. Laurent Ulrich.

O arcebispo não pode mexer na estrutura da catedral pela lei e tratados internacionais.

Então deseja uma monstruosa decoração que instalaria o caos estético e teológico no interior da sagrada catedral.


Caos esse que já está devastando a Igreja em outras áreas morais e religiosas.

A reconstrução de Notre Dame está na reta final e será reaberta no dia 8 de dezembro deste ano, festa da Imaculada Conceição.

O abaixo assinado foi lançado pelo historiador de arte e jornalista Didier Rykner para salvar os vitrais projetados pelo genial arquiteto francês Eugène Viollet-le-Duc, responsável pela restauração da catedral em meados do século XIX.

Os vitrais em perigo não foram afetados pelo incêndio.

“Os vitrais de Viollet-le-Duc s fiéis às origens góticas da catedral”, escreve o  Didier Rykner, fundador da revista La Tribune de l’Art.

A ideia de adicionar uma “marca do século 21”, por todos entendida como uma marca da feiúra, não provém apenas do presidente, mas do arcebispo de Paris, Mons. Ulrich, que em carta expressou ao predsidente o seu “desejo” de que o Estado encomendasse “uma série de seis vitrais para as capelas do lado sul da nave”.

As críticas focaram ao muito criticado presidente Macron quem logo do início da restauração tentou passar um projeto que deformaria a catedral, mas que foi massivamente repudiado.

“Quem deu ao chefe de Estado o mandato para modificar uma catedral que não pertence a ele, mas a todos?”, perguntam os signatários da petição, que a cada dia acrescenta novos apoios.

A lei e os tratados internacionais exigem que a restauração de monumentos históricos seja feita “à l’identique” (idêntico ao anterior).

Mas Mons. Ulrich, empenhado na autodemolição da Igreja, finge desconhecer as leis. Seus cúmplices “laicistas” também fingem se arrender ao pedido do eclesiástico demolidor.




terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

A salvadora disciplina

A salvadora disciplina japonesa é ensinada desde a infância
A salvadora disciplina japonesa é ensinada desde a infância
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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No aeroporto Haneda de Tóquio houve espantosa colisão aérea que poderia ter cobrado 379 vidas. A mídia universal tratou extensamente do sensacional fato,como fez, por exemplo o grande jornal “La Vanguardia” de Barcelona.

A imprensa falou de “evacuação milagrosa” de todos os passageiros e tripulantes que saíram do avião em chamas em 90 segundos.

Os jornalistas atribuíram o fato â extraordinária disciplina nipônica no respeito das normas. Do imenso avião só sobrou cinzas.

O incêndio aconteceu após o voo repleto da JAL colidir contra um da Guarda Costeira japonesa no preciso momento do pouso.

Segundo a companhia aérea, os comissários de bordo seguiram estritamente o treinamento de segurança.

Malgrado momentos de angústia nas os passageiros obedeceram as instruções da tripulação que pedia calma, permanecer no lugar e cobrir nariz e boca para não inalar a fumaça enquanto abriam as portas de emergência.

As 115 unidades de combatir incêndio enviadas ao local não puderam evitar que toda a aeronave virasse uma bola de fogo.

Todos os 379 pasageiros e tripulantes abandonarm ordenadamente o avião em 90 segundos, sem perdas humanas
Todos os 379 pasageiros e tripulantes abandonarm ordenadamente o avião em 90 segundos,
sem perdas humanas
A tripulação rapidamente acionou os escorregadores de evacuação e as pessoas desembarcaram de maneira ordenada em 90 segundos.

A evacuação milagrosa foi atribuída ao treino de emergência da tripulação, mas também à disciplina dos passageiros, num país que é conhecido pelo respeito pelas regras e pela consideração do coletivo antes do individual.

Satoshi Yamake, 59 anos, disse: “só posso dizer que foi um milagre, poderíamos ter morrido se tivéssemos demorado”, disse ele.

Terence Fan, especialista em aviação da Singapore Management University (SMU), entrevistado pela AFP, declarou que “isso foi possível porque os passageiros parecem ter seguido as instruções de forma exemplar, o que permitiu que eles e a tripulação saíssem do avião antes que o avião fosse completamente envolvido pelas chamas”.

No Ocidente desde a revolução da Sorbonne e do movimento hippie se promove a indisciplina a todos os níveis como manifestação de liberdade.

Se os passageiros tivessem agido com esses critérios de enganosa liberdade hoje poderíamos estar deplorando centenas de mortes.



terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Mar levou imagem da Virgem profanada até à Sardenha

A 'Madonna di Spagna' que o mar trouxe após profanação
A 'Madonna di Spagna' que o mar trouxe após profanação
Luis Dufaur
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Em San Vero Milis, pequeno povoado da província de Oristan, na Sardenha, Itália, se venera uma escultura em madeira de Nossa Senhora muito maltratada que foi encontrada na praia, meio enterrada na areia, em 26 de março de 1937, informou a Fundação Cari Filii.

Evidentemente a imagem sofreu violência mal-intencionada: ela tem uma grande queimadura no ventre, falta-lhe um braço e foi amputada uma perna do Menino que ela segura amorosamente nos braços.

Àquela Virgem maltratada que o mar levou, foi adotada como mãe pelos habitantes sardos do local que a veneram na paróquia de Santa Sofía.

Eles a chamam de “la Madonna di Spagna” dando por certo que havia flutuado desde a costa espanhola, jogada ao mar com ódio e desprezo em algum saque de milicianos anticlericais durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939).

Numa outra hipótese mais longínqua, talvez sua igreja estivesse pegando fogo e alguém a jogou na água para protegê-la das chamas. As ondas a levaram para uma costa longínqua donde mais filhos esperavam pela Mãe.

Agora, um padre da Sardenha, Ignazio Serra, tenta descobrir a origem dessa imagem. De que cidade espanhola veio? Quem eram seus outros filhos? Alguém pode reconhecê-la?

Os especialistas consideram ser uma peça valiosa e muito antiga, do século XV, provavelmente.

Sua qualidade é excepcional e revela um trabalho delicado de execução primorosa.

Poderia ser uma “Virgem do Leite”, pronta para amamentar o Menino. Foi outrora policromada, mas na intempérie perdeu todos os traços de tinta.

O Pe.Ignazio Serra, da Cerdenha, procura a origem da imagem de Nossa Senhora transportada pelo mar
O Pe.Ignazio Serra, da Cerdenha, procura a origem da imagem de Nossa Senhora transportada pelo mar
O Pe. Ignazio Serra visitou primeiro à diocese de Valência com fotos da imagem e um livro que conta o que se sabe sobre ela.

A suspeita é que provém de uma cidade valenciana, ou talvez das Ilhas Baleares, Catalunha ou Múrcia, a julgar pelo jogo das correntezas bem conhecido pelos marinheiros e pescadores da Sardenha.

“A natureza das marés aponta que a imagem chegou à Sardenha a partir da costa espanhola. De início, procuramos na ilha de Menorca, em busca de alguma pista”, conta o padre pesquisador ao Paraula, jornal católico valenciano.

Ele procurou especialmente em Fornells, a cidade mais próxima da ilha italiana, mas não encontrou dado algum.

“Durante a Guerra Civil Espanhola, os religiosos sofreram perseguições e as igrejas foram assaltadas. Altares, imagens sagradas, estátuas e móveis foram frequentemente destruídos ou incendiados e, evidentemente, esta imagem de Nossa Senhora com o Menino também foi queimada.

“Alguém deve tê-la resgatado do fogo e fugido com ela e para salvá-la a jogou no mar. Por isso pensamos que deve pertencer a uma freguesia ou capela muito perto da praia”, explicou.

Em 26 de março de 1937, na Sa Praja Manna, na Sardenha, na costa oeste, o pastor Daniele Zou encontrou a imagem meio submersa na areia.

Detalhe da 'Madonna di Spagna'
Detalhe da 'Madonna di Spagna'
Com a ajuda de um colega, ele a levou para sua cabana em Sa Chea Istallanu, onde construiu um altar para ela e cuidou dela colocando flores para ela todos os dias.

A filha dos patrões do pastor ficou depois gravemente doente com broncopneumonia dupla. Mas eles pediram a cura a Nossa Senhora invocando esta imagem resgatada do mar, e a menina foi curada.

Feliz convívio entre patrões, empregados e a Reina de todas as hierarquias do universo.

A notícia se espalhou como fogo e chegou à cidade de San Vero Milis, que adotou a “Madonna”. Desde então é venerada na paróquia de Santa Sofía.

Quantos crimes se cometem hoje em dia contra Nossa Senhora e seu Filho Santíssimo! Quantos continuadores de aqueles comunistas cheios de ódio ainda tentam impedir seu reinado na Terra!

Mas, Ela não muda e continua fazendo toda forma de bem. Assim Ela acabará triunfando inevitavelmente como prometeu em Fátima.


Sacerdote sardo procura quem lembre desta imagem