Incêndio florestal para em volta de capelinha de padre ermitão em MS

A capelinha do Morro do Padre

Luis Dufaur

Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs

O Corpo de Bombeiros Militar de Rio Grande do Sul foi cooperar com os bombeiros do Estado do Mato Grosso do Sul na luta contra um devorador incêndio florestal.

Uma vez dominado o fogo, as equipes dos bombeiros gaúchos antes de deixar a área, foram se certificar de que ela estivesse segura.

Durante o monitoramento da região do Morro do Padre, no município de Rio Verde, eles ficaram surpresos porque “se depararam com algo improvável e impressionante”, segundo comunicado do Corpo.

Mesmo após a superfície vegetal do morro ter sido carbonizada pelo fogo, a capela que fica em seu topo, ficou intacta, mesmo sendo de madeira, inclusive suas imagens. O fogo segundo se pode ver pela vegetação queimada se deteve em volta dela.

Tudo ficou completamente queimado, exceto a capela

O morro recebeu o nome de Morro do Padre, porque segundo a tradição oral unânime, há muito tempo um sacerdote italiano passou pela região para atender as necessidades religiosas dos habitantes.

E vendo de longe a beleza do Morro disse ao fazendeiro proprietário que ele gostaria de estabelecer ali sua residência.

O fazendeiro respondeu que ele lhe dava o morro, mas que esse era inacessível pois na parte superior consistia numa imensa pedra cortada a pico pela natureza.

O padre conferiu e procurou velhos trilhos que cortou em pedaços e, na marreta, inseriu na pedra formando uma espécie de pinguela sobre o precipício que ainda é o único acesso.

Lá em cima tem a pobre, mas abençoada capelinha do sacerdote ermitão, e uma casinha onde ele residiu, e que também ficou incólume.

Um religioso local é o custodio das chaves dos cadeados que impedem completar a ascensão às pessoas não autorizadas.