Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A revista econômica britânica “The Economist” dedicou uma edição especial redigida por Lane Greene, seu colunista especializado em línguas, focando a importância da redação manual para ter sucesso nos negócios.
A revista ficou pasma pela ineficiência dos métodos digitais na transmissão das informações de negócios e pelos prejuízos dela derivados.
Até o momento de ver os resultados dos estudos científicos, a revista achava uma “bête noire” as questões relativas à caligrafia, privilegiando a tecnologia.
Greene diz que o debate mudou porque a ciência comprovou os perigos da tecnologia digital que apavoram aos pais dos jovens.
Professores universitários do hemisfério norte deploram a incapacidade dos alunos de prestar atenção nas aulas, deformados pelo costume de ler e passar mensagens instantâneas em lugar de pensar.
A ciência mostra que a caligrafia é uma “inovação” milenar que supera os computadores: ajuda a desenvolver melhor as ideias mais complicadas.
O uso da pena ou do lápis ativa a memória motora e sensorial: as pessoas lembram melhor o que escreveram do que digitando.
No teste de Pam Mueller e Danny Oppenheimer os alunos não entendiam o que digitavam; e os universitários mostravam impotência para dizer com suas próprias palavras o que tinham lido na tela LCD.
Em breve, a caligrafia ajuda a entender o que se está escrevendo e o teclado, no máximo, ajuda a criar bons papagaios, ironiza o especialista do “The Economist”.
Nos EUA recrutadores empresariais observam a escrita dos candidatos recusando uma metade por essa causa.
Na grafia manual as ideias vêm à mente e custam mais a ser esquecidas, disse o Dr Oppenheimer.
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