terça-feira, 24 de setembro de 2019

A serena onipotência de Maria Auxiliadora

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




Esta imagem de Maria Auxiliadora transmite uma serenidade interior toda ela decorrente da temperança.

A temperança é a virtude cardeal pela qual se tem por cada coisa o grau de apego ou o grau de repúdio proporcional.

De maneira que se é inteiramente adequado e proporcional a todas as circunstâncias e situações.

Nunca se quer nada exageradamente, ou menos do que merece; nunca se detesta algo exageradamente ou menos do que merece.

A inteira execração das coisas execráveis é ditada pela virtude da temperança.

A serenidade de alma decorrente da temperança reluz muito nesta imagem.

Mas, discretamente.

Ela é tão calma, senhora de si, pronta a tomar atitude diante de qualquer coisa; tão desapegada de si que é um símbolo do equilíbrio dado pela virtude da temperança.

Por isso mesmo tem algo de virginal.



Ela tem qualquer coisa de puro, e ao mesmo tempo de materno, por onde ela sorri para um filho pronta a acionar o cetro de Rainha no sentido do pedido que faça o filho.

É verdadeiramente Auxilio dos cristãos: a simbologia é esta.

O Menino está no braço dEla, com os bracinhos abertos, sorrindo.

Vê-se que Ela pediu e Ele sorriu; e que os braços abertos dEle são fruto da prece dEla.

E Ela está olhando comprazida por ver como o pobre filho de Eva está ajoelhado e encantado vendo o Divino Filho dEla sorrir e abrir os braços.

Ela é muito régia, mas é muito simples.

O primeiro e o mais bonito de todos os atributos é Nossa Senhora com o Menino Jesus no braço.

Que conjunção há entre essa ideia de Nossa Senhora enquanto auxiliadora e Nossa Senhora com o Menino Jesus no braço?

O período em que a mãe tem mais intimidade com o filho, em que o amor da mãe penetra no filho e perdura depois para a vida inteira, é exatamente quando o filho é pequeno.

Ele vive da vida dela e a efusão do carinho dela é tal que todo amor que ela terá por ele no resto da vida, é um desdobramento desse amor que ela teve no tempo em que ele era uma simples criancinha nos braços dela.

Ora, essa criancinha que brinca nos braços de Nossa Senhora, e que quer se fazer carregar por Ela, naquela singeleza, simplicidade, intimidade, afabilidade e dependência em relação a Nossa Senhora, é Deus Onipotente, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis.

Aí há algo de realmente maravilhoso e insondável.

Nossa Senhora brinca no colo com o próprio Deus, cuja majestade é tão imensa, mas em cuja santidade há um aspecto, que pode se fazer ver como um menino.

Tal é a bondade dEle. Ele escolhe o tamanho do pequeno intencionalmente para depender dEla.

E, e em estado de Menino, ser por Ela apresentado aos homens.

A infância de Jesus é um donativo infinitamente precioso de Nossa Senhora aos homens.

Quem brinca com Deus no colo, tem tudo quanto Deus pode dar.

A onipotência suplicante de Nossa Senhora se fundamenta de modo esplêndido.

Eis uma consideração para compreendermos como Ela pode nos auxiliar.

Ela quer nos auxiliar porque é detentora de toda a misericórdia de um Deus que se fez Menino.

Ela pode nos auxiliar, porque este Menino está todo na dependência dEla.

Ele é súdito dEla e é o Menino Jesus.

Nossa Senhora enquanto Auxiliadora tem nas mãos o Menino Jesus.

Se Ela não tivesse Jesus nas mãos, não poderia auxiliar nada.


(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, excertos de palestras de 19.5.66 e 23.5.84. Sem revisão do autor)


Um comentário:

  1. " Se Ela não tivesse Jesus nas mãos, não poderia auxiliar nada."Amem!

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