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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Esta imagem de Maria Auxiliadora transmite uma serenidade interior toda ela decorrente da temperança.
A temperança é a virtude cardeal pela qual se tem por cada coisa o grau de apego ou o grau de repúdio proporcional.
De maneira que se é inteiramente adequado e proporcional a todas as circunstâncias e situações.
Nunca se quer nada exageradamente, ou menos do que merece; nunca se detesta algo exageradamente ou menos do que merece.
A inteira execração das coisas execráveis é ditada pela virtude da temperança.
A serenidade de alma decorrente da temperança reluz muito nesta imagem.
Mas, discretamente.
Ela é tão calma, senhora de si, pronta a tomar atitude diante de qualquer coisa; tão desapegada de si que é um símbolo do equilíbrio dado pela virtude da temperança.
Por isso mesmo tem algo de virginal.
Ela tem qualquer coisa de puro, e ao mesmo tempo de materno, por onde ela sorri para um filho pronta a acionar o cetro de Rainha no sentido do pedido que faça o filho.
É verdadeiramente Auxilio dos cristãos: a simbologia é esta.
O Menino está no braço dEla, com os bracinhos abertos, sorrindo.
Vê-se que Ela pediu e Ele sorriu; e que os braços abertos dEle são fruto da prece dEla.
E Ela está olhando comprazida por ver como o pobre filho de Eva está ajoelhado e encantado vendo o Divino Filho dEla sorrir e abrir os braços.
Ela é muito régia, mas é muito simples.
O primeiro e o mais bonito de todos os atributos é Nossa Senhora com o Menino Jesus no braço.
Que conjunção há entre essa ideia de Nossa Senhora enquanto auxiliadora e Nossa Senhora com o Menino Jesus no braço?
O período em que a mãe tem mais intimidade com o filho, em que o amor da mãe penetra no filho e perdura depois para a vida inteira, é exatamente quando o filho é pequeno.
Ele vive da vida dela e a efusão do carinho dela é tal que todo amor que ela terá por ele no resto da vida, é um desdobramento desse amor que ela teve no tempo em que ele era uma simples criancinha nos braços dela.
Ora, essa criancinha que brinca nos braços de Nossa Senhora, e que quer se fazer carregar por Ela, naquela singeleza, simplicidade, intimidade, afabilidade e dependência em relação a Nossa Senhora, é Deus Onipotente, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis.
Aí há algo de realmente maravilhoso e insondável.
Nossa Senhora brinca no colo com o próprio Deus, cuja majestade é tão imensa, mas em cuja santidade há um aspecto, que pode se fazer ver como um menino.
Tal é a bondade dEle. Ele escolhe o tamanho do pequeno intencionalmente para depender dEla.

A infância de Jesus é um donativo infinitamente precioso de Nossa Senhora aos homens.
Quem brinca com Deus no colo, tem tudo quanto Deus pode dar.
A onipotência suplicante de Nossa Senhora se fundamenta de modo esplêndido.
Eis uma consideração para compreendermos como Ela pode nos auxiliar.
Ela quer nos auxiliar porque é detentora de toda a misericórdia de um Deus que se fez Menino.
Ela pode nos auxiliar, porque este Menino está todo na dependência dEla.
Ele é súdito dEla e é o Menino Jesus.
Nossa Senhora enquanto Auxiliadora tem nas mãos o Menino Jesus.
Se Ela não tivesse Jesus nas mãos, não poderia auxiliar nada.
" Se Ela não tivesse Jesus nas mãos, não poderia auxiliar nada."Amem!
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