Colheita de soja em Correntina, BA. |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Dentro de dez anos, o Brasil será o maior produtor de soja do mundo e superará os EUA, apesar das dificuldades que os exportadores nacionais poderão enfrentar pela queda dos preços das commodities, diz informe da FAO sobre o futuro da agricultura no mundo até 2025, informou “O Estado de S. Paulo”.
Acresce que o Brasil terá a seu lado a Argentina, outro país com grandes possibilidades de expansão da fronteira agrícola.
A FAO aponta a necessidade de se ganhar 42 milhões de hectares de terras extras no mundo para atender às necessidades alimentares da humanidade até 2025.
E isso ocorrerá em grande parte por conta da expansão da fronteira agrícola no Brasil e na Argentina. Juntos, os dois países serão responsáveis por cerca de 20 milhões de hectares extras plantados.
“A América Latina continua sendo a maior fonte de expansão de área agrícola no mundo, com um total de aumento de 25% e com a soja liderando a maioria dessa expansão”, indicou a FAO.
No Brasil, a aquicultura pode ter uma expansão de 40% até 2025, e “as exportações de algodão devem dobrar de 700 mil toneladas para 1,5 milhões, fazendo do Brasil o segundo maior exportador do mundo”.
A respeito do açúcar, num primeiro momento, a FAO estima uma queda da participação do Brasil no mercado mundial. Mas até 2025 o País voltará a ocupar 41% do mercado. Com o real desvalorizado, o Brasil pode ser beneficiado.
Fábrica de colheitadeiras na Argentina quase faliu por maus negócios com a Venezuela. Hoje luta para satisfazer a demanda privada nacional. |
Mesmo registrando uma expansão mais lenta, os mercados emergentes devem continuar a liderar a expansão do consumo mundial. Deve, contudo, mudar o perfil do consumo, com maior atenção para o açúcar, os óleos vegetais e menos para cereais ou proteínas.
Outra consequência positiva de preços estáveis na agricultura deve ser a queda do número de famintos no planeta. A projeção é de que haja uma redução dos atuais 800 milhões de pessoas afetadas pela forme para cerca de 650 milhões em dez anos.
Isso representará uma queda de 11% para 8% na proporção da população mundial em situação de má-nutrição.
Todas as esperanças repousam no setor privado, porque nos assentamentos da reforma agrária não existe comida nem para alimentar os assentados, que vivem na dependência da cesta básica.
Quando há assentados... e quando o dinheiro da cesta básica não vai para a conta de algum funcionário ou político!
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