segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Cem crianças recebem a Primeira Comunhão
sob as ameaças do Estado Islâmico

Primeira Comunhão de cem crianças em Alqosh, Iraque.
Primeira Comunhão de cem crianças em Alqosh, Iraque.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




Há muitas décadas o catolicismo iraquiano vem padecendo a desapiedada hostilidade dos governantes muçulmanos.

O ditador Saddam Hussein nutriu uma política ambígua que com uma mão afagava os líderes religiosos cristãos e com a outra mandava os fiéis a morrer nas frentes de combate mais mortíferas.

Após um breve intervalo pacificador marcado pela presença americana, o Estado Islâmico desatou uma onda exterminadora comparável às perseguições dos primeiros séculos com imensa sequela de mártires.

Mas as massacres, depredações, profanações de igrejas, mosteiros e locais sagrados feitas pelos adeptos religiosamente estritos do Corão não conseguiram tudo o que se tinham proposto.

Exemplo característico aconteceu em Alqosh, aldeia permanentemente ameaçada pelos sequazes do Estado Islâmico.

Na igreja paroquial, por volta de cem crianças fizeram a primeira comunhão, numa missa celebrada por Mons. Basil Yaldo, bispo auxiliar muito próximo ao Patriarca Católico de Babilônia dos Caldeus D. Luis Rafael Sako, segundo noticiou “Aleteia”.



Assistiram à missa do bispo, todos os sacerdotes e religiosos da cidade e mais de setecentos católicos.

Alqosh no Iraque permanece católica malgrado os ataques do Estado Islâmico.
Alqosh no Iraque permanece católica malgrado os ataques do Estado Islâmico.
A cidadinha de Alqosh, no Curdistão iraquiano, recebeu centenas de perseguidos vítimas dos islâmicos coerentes com o ensinamento de Maomé.

O vigário de Bagdá comemorou a melhoria na frente militar, onde tropas nacionais e milícias locais assistidas por instrutores e tropas de elite ocidentais estão recuperando o terreno aos jihadistas. Esses fogem cada vez mais e a planície de Nínive está cada vez mais segura enquanto as tropas iraquianas estão fechando o cerco em torno de Mosul, cidade transformada em capital temporária do Estado Islâmico.

O Patriarca Sako pediu às crianças não abandonarem sua terra e ficar para reconstruí-la em torno de sua herança católica.

E um dos meninos lhe respondeu: “quando eu seja grande, eu vou ser padre para servir melhor”.

O Patriarca não pôde esconder sua emoção.

Em qual igreja de Ocidente, do Brasil, deu-se um fato mais bonito nestes dias que correm?


Um comentário:

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