Parlamento da Polônia |
A polêmica teve um caráter muito amplo, pois confrontou os políticos liberais que querem quebrar o conservadorismo dominante nesse país de maioria católica.
Antes da votação, o primeiro-ministro Donald Tusk pediu aos legisladores “para tornarem mais digna a vida dos homossexuais”.
Foram recusados projetos de medidas para conceder a casais homossexuais direitos à herança, inclusão no sistema de saúde do “cônjuge” e pensão alimentícia.
A Câmara Baixa votou contra os três projetos, inclusive o mais artificiosamente moderado que visava introduzir reformas em matéria de herança com termos enganadores para a maioria católica.
Até mesmo 46 integrantes do partido do primeiro ministro liberal Tusk, incluindo o ministro da Justiça, Jaroslaw Gowin, votaram com a oposição conservadora.
O deputado Robert Biedron – homossexual assumido e defensor dos direitos LGBT – prometeu continuar lutando pela ampliação dos direitos legais de parceiros não casados, homossexuais ou não. Para isto pode contar com o apoio da União Europeia, ONGs e eclesiásticos de esquerda.
A legalização do aborto e de drogas leves também entrou no debate opondo conservadores católicos e liberais e comunistas laicistas.
Os partidários da Revolução Cultural também visam pôr em dúvida a influência do catolicismo e da Igreja na vida pública polonesa, cientes de que esse é o grande inimigo que se trata de remover do país.
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