A 'Madonna di Spagna' que o mar trouxe após profanação |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Em San Vero Milis, pequeno povoado da província de Oristan, na Sardenha, Itália, se venera uma escultura em madeira de Nossa Senhora muito maltratada que foi encontrada na praia, meio enterrada na areia, em 26 de março de 1937, informou a Fundação Cari Filii.
Evidentemente a imagem sofreu violência mal-intencionada: ela tem uma grande queimadura no ventre, falta-lhe um braço e foi amputada uma perna do Menino que ela segura amorosamente nos braços.
Àquela Virgem maltratada que o mar levou, foi adotada como mãe pelos habitantes sardos do local que a veneram na paróquia de Santa Sofía.
Eles a chamam de “la Madonna di Spagna” dando por certo que havia flutuado desde a costa espanhola, jogada ao mar com ódio e desprezo em algum saque de milicianos anticlericais durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939).
Numa outra hipótese mais longínqua, talvez sua igreja estivesse pegando fogo e alguém a jogou na água para protegê-la das chamas. As ondas a levaram para uma costa longínqua donde mais filhos esperavam pela Mãe.
Agora, um padre da Sardenha, Ignazio Serra, tenta descobrir a origem dessa imagem. De que cidade espanhola veio? Quem eram seus outros filhos? Alguém pode reconhecê-la?
Os especialistas consideram ser uma peça valiosa e muito antiga, do século XV, provavelmente.
Sua qualidade é excepcional e revela um trabalho delicado de execução primorosa.
Poderia ser uma “Virgem do Leite”, pronta para amamentar o Menino. Foi outrora policromada, mas na intempérie perdeu todos os traços de tinta.
O Pe.Ignazio Serra, da Cerdenha, procura a origem da imagem de Nossa Senhora transportada pelo mar |
A suspeita é que provém de uma cidade valenciana, ou talvez das Ilhas Baleares, Catalunha ou Múrcia, a julgar pelo jogo das correntezas bem conhecido pelos marinheiros e pescadores da Sardenha.
“A natureza das marés aponta que a imagem chegou à Sardenha a partir da costa espanhola. De início, procuramos na ilha de Menorca, em busca de alguma pista”, conta o padre pesquisador ao Paraula, jornal católico valenciano.
Ele procurou especialmente em Fornells, a cidade mais próxima da ilha italiana, mas não encontrou dado algum.
“Durante a Guerra Civil Espanhola, os religiosos sofreram perseguições e as igrejas foram assaltadas. Altares, imagens sagradas, estátuas e móveis foram frequentemente destruídos ou incendiados e, evidentemente, esta imagem de Nossa Senhora com o Menino também foi queimada.
“Alguém deve tê-la resgatado do fogo e fugido com ela e para salvá-la a jogou no mar. Por isso pensamos que deve pertencer a uma freguesia ou capela muito perto da praia”, explicou.
Em 26 de março de 1937, na Sa Praja Manna, na Sardenha, na costa oeste, o pastor Daniele Zou encontrou a imagem meio submersa na areia.
Detalhe da 'Madonna di Spagna' |
A filha dos patrões do pastor ficou depois gravemente doente com broncopneumonia dupla. Mas eles pediram a cura a Nossa Senhora invocando esta imagem resgatada do mar, e a menina foi curada.
Feliz convívio entre patrões, empregados e a Reina de todas as hierarquias do universo.
A notícia se espalhou como fogo e chegou à cidade de San Vero Milis, que adotou a “Madonna”. Desde então é venerada na paróquia de Santa Sofía.
Quantos crimes se cometem hoje em dia contra Nossa Senhora e seu Filho Santíssimo! Quantos continuadores de aqueles comunistas cheios de ódio ainda tentam impedir seu reinado na Terra!
Mas, Ela não muda e continua fazendo toda forma de bem. Assim Ela acabará triunfando inevitavelmente como prometeu em Fátima.
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