Isabel de Castela, a Católica |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A causa de canonização da Rainha Isabel de Castela, a Católica, aguarda “a oportunidade de sua beatificação”, disse o padre José Luis Rubio Willen, responsável por seu processo, a “Infocatólica”.
A causa foi aberta em 1967 em Valladolid e acumula mais de 20 volumes de documentação histórica e de narrações de favores concedidos.
Entre eles o prodígio que permitiria sua beatificação: um padre com câncer pancreático muito avançado se recuperou por um milagre atribuído a Isabel”, conforme relatou Juan Luis Vázquez Díaz-Mayordomo.
A canonização só aguarda a aprovação do Papa. Por sua vez, a Comissão Isabel la Católica continua a promover o seu culto entre os fiéis.
«Temos distribuído impressos e editado livros e vídeos, e temos realizado simpósios para a tornar mais conhecida. Nosso objetivo é que as pessoas vejam que foi uma santa, a venerem e aproveitem sua intercessão”, afirma Rubio Willen, que afirma que sua própria conversão é obra da rainha.
Pouco a pouco, continuam a chegar o relato de favores, como o enviado a Roma por um jovem com cancro do pulmão que, quando ia ser operado, os médicos descobriram que não tinha nenhum tumor.
Isabel a Católica na rendição do rei mouro de Granada Abu Abdullah Muhammad XII. Francisco Pradilla y Ortiz (1848–1921) Senado, Madri |
Essa cruzada no dia de hoje em que se abrem imprudentemente todas as portas da Europa é obviamente aborrecida por ser antiecuménica.
A rainha também baniu os judeus que não queriam abandonar suas falsas crenças.
Ela também assumiu os custos da expedição de Cristovão Colombo que descobriu América, mas que os comuno-tribalistas abominam pela consequente cristianização e civilização do nosso continente americano.
Por tudo isso, se a causa tiver um desfecho feliz, “a maior rainha da história universal será beatificada”, defende o eclesiástico promotor da causa.
Isabel a Católica preside a educação de seus filhos, Isidoro Lozano (1826–1895) Museo del Prado |
Para o responsável pelo seu processo, a rainha “nunca trabalhou para si mesma nem para se engrandecer ou enriquecer, mas para engrandecer e distribuir suas riquezas em obras que beneficiaram grandemente todos os seus súditos, inclusive os índios, que ela queria igualar em direitos aos espanhóis”.
Sua importância foi “capital”, pois “fez uma reforma do clero secular e da vida consagrada que a tornou precursora do Concílio de Trento”.
Com tudo isso, o Pe. Rubio Willen aponta como os cristãos de hoje podem imitá-la:
“Ela sempre foi ela mesma e estava com a verdade à frente. Ela não tinha uma vida dupla, ela era uma mulher de uma peça só”.
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