'Vencer ou morrer' desperta o heroísmo pela França católica-aristocrática |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
O grande estatista britânico Winston Churchill distinguiu com perspicácia duas Franças: uma que estava no poder plebeia, revolucionária, vulgar. Do outro lado está a França nobre, tradicional, mas oprimida pela outra. Ele via a segunda França separada da primeira por um rio de sangue, como aliás muitas nações da Europa.
Em parte alguma essa divisão dividiu tão fundo os dois lados. A França tradicional, observava Churchill, olha com saudade a Idade Média enquanto discerne na França revolucionária uma perfídia e uma malícia incomparável.
Nós podemos comparar o desentendimento entre as duas com o “proelium magnum” que se deu no Céu entre São Miguel e os anjos bons contra Lúcifer e os demônios revoltados contra a desigualdade celeste.
É por isso que os embates civis e religiosos havidos em torno da Revolução Francesa marcaram a ferro e fogo a doutrina e a psicologia de ambos os lados.
A paixão francesa nesse embate se comunicou ao mundo, e acabou produzindo um espetáculo tremendo. A Providência tal vez permitiu acontecer para que os homens pudessem entrever algo daquela batalha tremenda que houve no Céu entre os anjos da fidelidade e da hierarquia e os demônios da revolta e do igualitarismo.
Nesse sentido, a Revolução Francesa foi a mais magnífica, suntuosa e faustosa das parábolas históricas da revolta igualitária contra a ordem católica em que até os minores lances foram parabólicos.
'Vencer ou morrer' relembra os atrozes crimes da Revolução Francesa |
Entrou então soprado por antros infernais, o que poderíamos chamar de espírito de Morfeu, o deus do sono, para abafar o fogo da polêmica que põe em seus eixos a alma dos franceses.
Foram silenciados até os nomes de musicalidade aristocrática e sonora dos brilhantes personagens que a Revolução Francesa varreu e contra os quais o espírito Morfeu inoculou implicância e tédio.
Os nomes de revolucionários ferozes como Marat, Danton e Robespierre foram envolvidos nesse sono junto com seus espantosos crimes.
Espraiou-se o que a TFP francesa denunciou com um gemido de dor em manifesto: “a França estômago”.
Essa relegava aquele nobre embate espelho a luta de São Miguel e Lúcifer nos Céus, para endeusar de modo materialista o próprio carnalidade.
A obsessão por ter um “bom apetite” virou objetivo emblemático da União Europeia, induziu à diluição da cultura francesa num caldo com costumes pagãos de invasores africanos e muçulmanos, de vagalhões “culturais” anárquicos que promovem a agenda LGBT. Nesse caldo a filha primogênita da Igreja estava desaparecendo.
Dos antros dessa imensa Revolução Cultural, emanava como um vapor tóxico: os bons não pensem mais na Revolução Francesa! E os ruins se exaltem por ela a portas fechadas ou em solenidades sem graça.
Mas eis que no auge de Morfeu um filme sem pretensões hollywoodianas entrou nos cinemas e o fogo da prefigura da batalha celeste ressurgiu como a lava de uma explosão vulcânica.
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