terça-feira, 28 de julho de 2020

O “croissant”: símbolo do Islã,
esmagado pelos padeiros de Viena

Meia-lua comemora a vitória sobre o Crescente islâmico
Meia-lua comemora a vitória sobre o Crescente islâmico
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Uma delícia que todo o mundo conhece é a meia-lua, ou croissant em seu célebre nome francês.

Não há padaria ou confeitaria que não os ofereça muitas vezes com peculiaridades “da casa” que os tornam mais atraentes e deliciosos, dentro de sua relativa simplicidade.

O ritual dos croissants quase não tem limites e não conhece classes sociais.

Pode se degustar em um dos “templos” modernos de um fast food em qualquer parte do mundo, na praça de alimentação de um shopping center, numa padaria da periferia urbana, numa mesinha de uma padaria choisie ou chic ou no ambiente luxuoso de um hotel cinco estrelas de Paris, Londres ou Nova Iorque, para citar poucos exemplos.

Em geral virá acompanhando de uma xícara fumegante de café com leite, um bom cappuccino, um chocolate vienense ou um modesto café encomendado às presas.

Poderá ser crocante ou amanteigado. Parecerá mais rechonchudo ou macio, mais seco ou perfumado, recheado ou não na sua nobre simplicidade.

Em qualquer caso, simples ou caprichado, terá sempre algo de invariável: sua forma de lua crescente. Seu nome deriva do francês “croissant” porque eles o popularizaram no mundo.

E quem vai a Paris e não prova um croissant não esteve em Paris. Todos sabem disso.

Na França, não há “petit dejéuner” (café da manhã) sem “croissant”. O nome francês “croissant” se impôs no mundo, mas os franceses rendem tributo à sua origem incluindo-o na categoria “viennoiserie” em homenagem a seu origem vienense.

Com efeito, quantos sabem que se deliciando com essa joia da culinária estão comemorando uma das maiores vitórias da Cristandade sobre o Islã, e precisamente em Viena? perguntou e respondeu uma reportagem do jornal “Clarín”.

Sim, a história do “croissant” começou nas ruas de Viena, então capital do Sacro Império após a vitória quase milagrosa das tropas católicas sobre os otomanos.

Foi a batalha de Kahlenberg, às portas da capital imperial sitiada em setembro de 1683 pelo imenso exército do Sultão da Turquia comandado pelo Grande Vizir Merzifonlu “Kará” Mustafá.

Foi a segunda vez que o exército otomano sitiou Viena.

Fracassaram no primeiro assalto e planejaram um segundo que devia ser incontível.

Para superar as defesas de Viena e do exército austríaco, “Kará” Mustafá levou consigo uma legião de sapadores, encarregados de cavar túneis até embaixo das muralhas vienenses e ali acumularem tonéis de pólvora para faze-los explodir na hora certa.

Os vienenses ouviam com angustia os ecos dos golpes de picaretas e enxadas se aproximando fatalmente e de modo sincronizado.

Chegaria o momento da picaretada final, da explosão arrasadora e dos muros em ruínas penetrados pela horda muçulmana. Era uma questão de tempo e de assalto de feras.

Por fora, as recém chegadas tropas do João III Sobieski, então rei da Comunidade Polaco-Lituana, se preparavam para um ataque desesperado pelas costas do acampamento do Grande Vizir, precisamente ao pé da montanha de Kahlenberg.

Até lá os muros de Viena precisavam resistir e os sapadores turcos estavam literalmente embaixo acumulando os barris de explosivos.

No dia marcado, os seguidores de Bafoma decidiram surpreender os guardas austríacos no auge da noite.

Mas eles esqueceram, ou não sabiam, que os padeiros já naquela época começavam a trabalhar muito cedo. Esses perceberam os golpes dos turcos no ponto de completar sua sinistra obra e deram o alerta.

Essa foi decisiva, o contragolpe foi ativado e os turcos foram derrotados.

O imperador Leopoldo I, em reconhecimento pelo feito, concedeu que, entre outras honras, os padeiros de Viena levassem espadas nos cintos, privilegio reservado apenas aos militares e autoridades.

Os padeiros quiseram retribuir ao imperador a grande honraria e criaram dois pães especiais: um foi o “Leopoldo”; e o outro foi o “Halbmond”, que em alemão significa “meia-lua”.

Era também uma maneira de zombar do emblema que os muçulmanos pintavam em seus estandartes. Em outras palavras mastigando a “meia-lua” esmagavam o símbolo da iniquidade.

“Kará” Mustafá salvou a vida por muito pouco, perdeu o comando do exército e foi executado por ordem do cruel sultão, em dezembro de 1683 na cidade de Belgrado, onde se retirou com os frangalhos de sua outrora imensa hoste.

Os carrascos o enforcaram com uma corda de seda e sua cabeça carregada numa bolsa de veludo foi entregue ao sultão Maomé IV.

Na Cristandade, ou no que fica dela, até no século XXI, seguimos nos deliciando cada vez que mastigamos com deleite o símbolo do Islã esmagado com a simpática e determinante contribuição dos padeiros vienenses.


Um comentário:

  1. Uma informação espectacular ....Surpreendente e ao mesmo tempo ,irónica .
    Postei no meu face. Bem acolhida. Os meus ex alunos muçulmanos devem apenas ler .Sem comentários .Natural .
    Professor ,senti-me feliz por ter "algo" a atirar em vários alvos .Eles sabem que sempre fui apologista do bom entendimento .A religião não nos divide ,mas sim atitudes extremistas e fundamentalistas .
    Ontem assisti a uma entrevista sobre ERDOGAN e o seu fundamentalismo no que se refere à LIBERDADE de Expressão .Incrível os horrores pelos quais passam .
    Na minha terra ,os muçulmanos são os "lacraus do deserto" .
    Ao ter conhecimento da profecia de São Palau dei graças a DEUS -FINALMENTE .Digo FINALMENTE embora "sine die" é uma esperança -vejamos o que se passa no YEMAN -corta o coração .
    E agora ,em MOÇAMBIQUE -CABO DELGADO :ATÉ no cimo das árvores ,as populações se acolhem .
    Não deve ser só o DAESH ....CERTAMENTE A ARÁBIA SAUDITA e não só certamente deve estar por detrás ...PIEDADE SENHOR !
    Obrigada ,PROFESSOR por tanto me ensinar e documentar.

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