segunda-feira, 6 de outubro de 2014

“Antes morrer que nos perverter ao Islã”, dizem os católicos iraquianos


“É melhor morrer do que nos perverter” – afirmaram corajosamente, em entrevista ao jornal italiano “Corriere della Sera” –, os católicos que iraquianos que fugiram das milícias islâmicas.

A despeito de idílicas crenças e ilusões “ecumênicas”, a pérfida religião de Alá está massacrando com crueldade cristãos, além de muçulmanos considerados não suficientemente fiéis.

Os católicos, porém, manifestam uma coragem que só pode vir do Céu e que intimida os sanguinários seguidores do Corão.

Os católicos iraquianos têm em conta de “traidor” aquele que, para salvar a vida, ou propriedade e o dinheiro, pronuncia a “Shahada”, que é a declaração de conversão ao Islã.

O jornal “Corriere della Sera”, laicista e dialogante face ao islamismo, reconhece que os católicos iraquianos “demostram uma fé e uma determinação de permanecerem fiéis que, para nós europeus, pode parecer coisa do passado, uma rememoração de tempos antigos”.



Salem Elias Shannun, 57; Habib Noah, 66; Najib Donah Odish, 67, e Yohannah Kakosh, 65, contaram:

“Tentaram durante um mês. Todo dia vinham nos dizer para nos tornarmos muçulmanos. Um dia pela manhã dissemos a eles que seria melhor eles se batizarem. Então nos golpearam ainda com mais força”.

Os quatro moravam na aldeia de Batnaia, cerca de 15 km a oeste de Mosul. Após passarem 22 dias com os jihadistas que ocuparam suas casas e ficarem 12 dias presos no cárcere de Hawuja, eles acabaram chegando à cidade de Erbil.

Perto dali, no hospital de Zakho, estavam se tratando três moças muçulmanas que conseguiram fugir do mercado do sexo da zona ocupada pelos muçulmanos do ISIS. Pertencentes a seitas islâmicas diferentes, elas haviam tentado o suicídio. Uma delas morreu, pois, segundo o costume do Corão, as violentadas ou desonradas devem ser mortas pela própria família.

Os cristãos, porém, inspiram temor aos fanáticos islâmicos.

“Na primeira semana que chegaram a Batnaia, eles nos deixaram em paz, sem ameaças. Pelo contrário, até nos trouxeram alimentos e água. Na nossa aldeia, de 3.000 habitantes, ficamos apenas cerca de 40.

“Eles nos diziam para telefonar aos nossos parentes a fim de convencê-los a voltar. Depois começaram a insistir que tínhamos de nos converter. Todos fomos surrados repetidamente. E, os mais jovens, de modo prolongado”, lembram os quatro.

Eles quase choravam quando descreviam a profanação da “Mar Kariakos”, a basílica local.

“O pior de todos era um iraquiano de uns 50 anos, que se fazia chamar de Abu Yakin. Era ele que mandava seus homens nos golpear. Ameaçava-nos.

“Ele ordenou que as cruzes fossem despedaçadas na igreja, que as imagens de Nossa Senhora e de Jesus Cristo fossem decapitadas e usadas como alvos para os fuzis kalashnikov”.

Mas a apostasia estava fora de discussão. O Pe. Paolo Mekko, teólogo e pároco, que não abandonou seus diocesanos na planície de Nínive, relembra textos da história da Igreja relativos aos primeiros mártires.

A graça de Deus anima seus filhos, especialmente nos momentos mais difíceis, conferindo-lhes forças para derrotar moralmente seus adversários ou a partir para o Céu, sem necessidade de recorrer aos sofismas relativistas “ecumênicos” que nada resolvem no momento decisivo.


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