Isaías chamou Nosso Senhor de ‘Vir dolorum’ (Is. 53,3) o Varão das Dores. De Nossa Senhora, espelho da Sabedoria que reflete em Si tudo quanto é de Jesus Cristo, pode-se dizer que é ‘Mulier dolorum’, a Dama das Dores.
Num oceano de sofrimentos, tudo n’Ela era equilibrado e raciocinado. O amor era incomparável, sem super-emoções, mas com uma infinitude de sentimento. Sem torcidas, sem pânicos, embora numa angústia quase estraçalhante.
Quando o Madeiro foi levantado, as dores de Nosso Senhor atingiram o insondável.
Ela, então, ficou na alternativa: de um lado, queria que Ele morresse logo, para interromper os tormentos; de outro lado, desejava que Ele ainda vivesse, pois toda mãe quer alongar a vida de seu filho.
Mas Nossa Senhora sabia que era melhor para os pecadores a imolação ir até o fim.
A grandeza de Nossa Senhora não está tanto na enormidade dos seus padecimentos, mas em ter desejado que seu Filho cumprisse esse sacrifício supremo por amor de nós. Deus amou-nos tanto, que desejou sacrificar o seu Filho Unigênito.
Nossa Senhora teve tanta dileção por nós, que Ela aderiu a essa função sacrifical.
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