segunda-feira, 27 de julho de 2009

Opinião pública portuguesa não aceita simplificações do acordo ortográfico


A maioria dos portugueses está contra a reforma ortográfica, informou a BBC Brasil . Eles dizem que não vão utilizar as novas normas que depreciam a língua de Camões. Sondagem realizada pela empresa Aximage, sob encomenda do jornal “Correio da Manhã”, mostrou que 57,3% a população lusitana é contra as novas regras e apenas 30,1% a favor.

A reação mais forte provém dos jovens de entre 18 e 29 anos, que representam a esperança do futuro da cultura portuguesa: 65% deles não quer mudar a forma de escrever.

Os mais favoráveis estão na faixa acima de 60: só 49,2% têm posição contrária ao acordo. Eles pertencem a uma geração intoxicada pelo mito da “modernidade” hoje posto de lado.

Circulam na Internet três abaixo-assinados contra o amesquinhante acordo. O principal é liderado por figuras conhecidas e tinha coletado 101.784 assinaturas até o 12 de março. Um outro foi apoiado por 12.067 portugueses, e um terceiro recebeu 6.268 assinaturas.

Apenas três jornais lusitanos utilizam as novas normas. Mas só um tem circulação nacional, e ainda por cima é esportivo. No Brasil, titulares anfibológicos em grandes jornais nacionais suscitam riso, causam confusão e diminuem o já exíguo número de leitores da mídia impressa.

Mas o lulismo rejubila com este rebaixamento da língua.

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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Católicos voltam para tradições multisseculares na grande Detroit e Québec

Para o diário “The Detroit News”, cada vez mais católicos voltam-se para suas tradições religiosas. Seja em New York ou em Quebec (Canadá), eles procuram as indulgências que apagam a pena devida pelos pecados.

Esta pena deve ser paga no Purgatório, antes da alma entrar no Céu. Mas pode ser paga nesta terra com penitências e/ou indulgências.

Os católicos, observou o diário, pouco se importam ‒ ignoram até ‒ que as indulgências serviram de pretexto para Lutero iniciar a revolta protestante contra Roma.

Também fazem cada vez mais peregrinações a santuários de Nossa senhora e dos Santos. “Quando nós visitamos o santuário dos oito jesuítas mártires em Fultonville, podemos praticar certas devoções. Se você confessa e recebe a Santa Comunhão, você obtém indulgências”, diz Amy Sussman, 46. “Quando nós viajamos sempre aproveitamos as oportunidades”, acrescenta.

O testemunho de Amy é uma amostra de que mais e mais católicos estão adotando formas tradicionais de culto, incluindo a Missa em Latim, a Adoração do Santíssimo Sacramento.

Essas devoções eram comuns até o Concílio Vaticano II e tinham quase desaparecido depois. Além do mais, sacerdotes e seminaristas estão voltando a usar batina preta e adotam antigas formas de disciplina eclesiástica.

Misa em Latim, Saint Josaphat, DetroitO “The Detroit News” comenta o desafio que esta nova tendência significa para a modernidade inaugurada pelo Vaticano II há 45 anos. Os católicos espantados com a decadência dos costumes querem aprofundar sua fé e fazem um “vigoroso retorno aos ritos mais antigos”, observa.

A procura das indulgências cresceu muito este ano por ocasião do segundo milênio do nascimento de São Paulo Apóstolo.

A arquidiocese de Detroit aprovou as Missas no rito extraordinário, em Latim, dito de São Pio V. Elas ocorrem em pelo menos 14 igrejas da região metropolitana de Detroit e são cada vez mais numerosas.

Os fiéis alegam que gostam dessas missas pelo lado estético e porque nelas experimentam mais profundamente sua fé.

Para Matthew Hill que assiste à Missa em Latim na igreja de São Josaphat, perto do Detroit Medical Center, “na Missa tradicional o padre voltado para o altar e dando as costas para o povo está todo voltado para Deus e não para mim. Isso é verdadeiro culto de Deus. Não procura cativar as boas graças dos assistentes.”

Por volta da metade dos que engrossam a nova tendência é composta por famílias de jovens e adultos com 30-40 anos de idade.

Este novo perfil de católicos não é de saudosistas. Também eles não têm uma formação especial. Acodem com os escassos conhecimentos – ou desconhecimentos – religiosos do público em geral.

Porém, gostam das formas antigas, órgão, cântico gregoriano, incenso, sininhos, procissão de entrada e saída de coroninhas e diáconos em batina e paramentos tradicionais. Por ali começam a se interessar em aprofundar mais o conhecimento e a observância dos preceitos da Igreja.

É especialmente procurada a Adoração do Santíssimo Sacramento, com belos ostensórios dourados, incenso, cânticos e adoração de Jesus verdadeiramente presente na Hóstia consagrada.

Alex Begin de Bloomfield Hills explica: “nós estávamos procurando uma tradição de séculos e séculos dos maiores compositores do mundo que escreveram partituras para a Missa. Isso me atraiu para as orações e rubricas da Missa na sua forma tradicional”.

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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Novo mosteiro feminino inglês atrai vocações apelando para a disciplina e tradição

Causou entusiasmo em Cornwall, Inglaterra, a instalação de uma nova ordem contemplativa: a das Irmãs Franciscanas da Imaculada, informou "The Telegraph".

Elas ocuparam o antigo convento de Lanherne, abandonado pelas carmelitas.

O fato é histórico pois se trata do primeiro instituto feminino que adotou oficialmente o rito “extraordinário” para a liturgia com a aprovação de Roma.

Também foi aberta uma casa para o ramo masculino da mesma ordem, em análogas condições.

A nova ordem tem também uma rama apostolica dedicada à vida ativa.

Enquanto as carmelitas “aggiornadas” ficaram muito idosas, a nova comunidade sobressai pela sua juventude.

O antigo Carmelo foi o mais antigo da Inglaterra e se encontra num castelo.

As carmelitas atingidas pela decadência do período pós-conciliar ficaram muito idosas.

Reduzidas a um exíguo número deixaram o prédio há alguns anos.

Lanherne, altar no tempo das carmelitas
Lanherne, o mesmo altar hojeApós décadas de decepcionantes notícias de conventos que fecham, que ficam sem vocações, que geram escândalos ou irradiam uma tibieza mortal para as almas, a apertura de uma casa de contemplação com disciplina, austeridade, observância litúrgica e muitas vocações trouxe novo ânimo aos católicos ingleses.



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