segunda-feira, 11 de abril de 2011

Deus, Santo Estevão, a vida e a 'Santa Coroa' na Constituição da Hungria

Parlamento da Hungria, Budapest
O Parlamento da Hungria aprovou uma reforma constitucional que semeou a consternação na oposição de esquerda, segundo o diário alemao “Die Welt” online. “Eles querem criar uma espécie de ditadura total”, estrebuchou Átila Mesterhazy, chefe da oposição socialista.

Mas, como o partido Fidesz recebeu do povo a maioria de dois terços no Parlamento, a aprovação correu sem dificuldades na Segunda-Feira santa: 262 votos a favor contra 44.

O preâmbulo começa com as palavras “Deus abençoe os húngaros”. Um exemplo a ser imitado por toda Constituiçao em um país católico.



O orgulho dos húngaros pelo seu país e pelo seu caráter cristão está claramente expresso na nova Carta Magna:

“Somos orgulhosos pelo fato de nosso rei Santo Estevão ter criado o Estado húngaro sobre base sólida 1000 anos atrás, e impostado nossa pátria como parte da Europa cristã”.

Santo Estevão

A Constituição professa diversas vezes sua adesão à Cristandade e a uma “renovação espiritual”. Ela se refere também à “Santa Coroa”, com a qual desde o Rei Estevão cerca de 55 reis foram coroados, sendo considerada o símbolo da identidade húngara.

O projeto afirma mais adiante: “Os liames mais importantes para a nossa vida em comum são a família e a nação”.

A Constituição protege no seu parágrafo M a instituição do casamento entre um homem e uma mulher “como base para a sobrevivência da Nação”.

Também a vida do nascituro é protegida desde a concepção.

A "Santa Coroa"
Os opositores de esquerda temem problemas legais para os homossexuais e uma mudança na até aqui cruelmente liberal lei do aborto, elemento essencial do sinistro legado do comunismo.

São previsíveis conflitos com a União Européia nesses pontos e ainda outros. De fato, a União Européia está empenhada em impor uma agenda laicista anti-família e anti-vida, anti-cristã na sua essência.

A Constituição previa que as reformas do texto deveriam passar com uma maioria de dois terços que as urnas outorgaram aos atuais legisladores. Em conseqüência, não está planejado nenhum referendo e a aprovação do projeto foi um presente adiantado de Páscoa.

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